A Trava de alta é uma estratégia que te ajuda a se expor a uma ação no momento de alta no papel.
Um dos maiores benefícios de montar uma estratégia de trava de alta é que o investidor terá o seu prejuízo máximo limitado, e com o OpLab, você consegue visualizar o seu risco e fazer a alteração do tamanho do risco que você deseja se expor.
Da mesma forma que os prejuízos são limitados, os lucros também são. Por isso que a operação se chama “trava de alta”, devido aos limites que são estabelecidos.
Neste artigo, você vai entender a fundo como usar a estratégia de trava de alta, como operar e como usar o OpLab ao seu favor na hora de montar essa operação.
Aqui é o lugar certo pra você entender o que é trava de alta com call e com put.
O que é trava de alta?
Trava de alta é uma operação muito simples composta por duas Opções que servem para maximizar o lucro, evitando assim, perdas exageradas nas operações.
A operação é chamada de Trava de Alta pois:
- Gera lucros se o preço do ativo objeto aumenta, ou seja, ganha na Alta do preço do ativo;
- Tem um lucro máximo limitado, ou seja, travado.
Ou seja, a trava de alta é uma operação que deve ser montada quando acreditamos que o preço do ativo objeto vai subir.
Analogamente, além de ter lucro máximo travado, a perda máxima também é limitada. Nas travas de alta com CALL, a perda máxima é o custo. Em outras palavras, o valor pago na montagem da operação.
Nas travas de alta com PUT, a perda máxima é limitada à diferença entre os strikes das 2 opções menos o valor recebido na montagem.
Ou seja, se recebermos R$0,70 na montagem de uma trava com diferença entre os strikes de R$1,00, o risco máximo será de R$0,30.
Logo, a trava de alta de opções estabelece um limite de ganho ou de perda na operação. O que é vantajoso dessa operação é a perda ser muito limitada e isso ajuda você, investidor, a controlar os riscos da operação.
E ainda não precisa que você tenha custódia dos papéis para operar uma trava de alta.
Para que a compreensão desse artigo seja didático e que você saia daqui entendendo o que é uma trava de alta, serão dados exemplos das operações.
Primeiro entenderemos a operação e, em outro momento, entenderemos a dinâmica dos preços antes do vencimento.
Por que travar os lucros com as opções?
O mercado tem uma verdade, a possibilidade de lucros sempre será proporcional ao nível de risco. Quanto maior o risco, maior a possibilidade de lucros; quanto menor o risco, menor a possibilidade de lucros.
As travas, como veremos, custam menos do que comprar uma opção sozinha, “a seco”.
Dessa forma, possibilitam a diminuição da exposição ao risco e, assim, diminuem a possibilidade de lucros.
As opções a seco, são muitíssimo voláteis e, por isso, podem gerar lucros de forma rápida. Porém, os prejuízos também podem vir muito rapidamente.
Ao montarmos operações travadas, controlamos grande parte dessa volatilidade.
- Leia mais sobre volatilidade.
Como montar a trava de alta com call
A trava de alta com CALL’s é formada através da compra de uma opção mais ITM ( In The Money / Dentro do dinheiro ), ao mesmo tempo que fazemos a venda de uma opção mais OTM ( Out The Money / Fora do Dinheiro ).
Para facilitar o entendimento da operação com PUT’s que veremos à frente, toda trava de alta é formada pela compra de uma opção de strike menor e a venda de uma opção de strike maior.
Para aproximar o leitor dos termos utilizados pelo mercado na prática, em operações estruturadas, chamamos cada parte da operação de pernas. A trava de alta, portanto, é formada por 2 pernas.
Dinâmica
No momento já sabemos que a trava de alta, gera lucros com a alta dos preços. Sabemos também que é formada por duas pernas, uma perna comprada e uma perna vendida.
Também já entendemos como funciona a venda das opções.
Para facilitar o entendimento vamos usar um exemplo prático, uma trava de alta com opções de compra de JBS (JBSS3):
Exemplo:
. JBSS3 está sendo negociada atualmente a R$ 23,62
. COMPRAR: JBSSL247 (Opção de compra com vencimento em Dezembro e strike 23,75)
. Pagamos: R$ 0,93
. VENDER: JBSSL257 (Opção de compra com vencimento em Dezembro e strike 24,75)
. Recebemos R$ 0,51
Neste caso o break-even da operação, ou seja, o preço de equilíbrio para que a operação dê lucro é a partir dos 24,17.
Analisando por perna, como compramos uma opção com strike de R$ 23,75 teremos o lucro se, no dia do vencimento, a JBSS3 estiver com preços acima de R$ 23,75 + R$ 0,93 (custo da opção).
Ou seja, R$ 24,68, porém como vendemos uma opção com strike de R$ 24,75, recebemos R$ 0,51 por essa venda.
Nesse caso, perderemos nessa opção caso a JBSS3 esteja sendo negociada com preços abaixo de R$ 24,75 + R$ 0,51 (crédito da venda).
Ou seja, R$ 25,26 no vencimento.
Portanto, note que temos duas forças opostas agindo sobre o mesmo gráfico. De um lado, ganhos ilimitados acima de determinado valor; de outro, perdas ilimitadas acima de determinado valor.
Como pagamos R$ 0,93 e recebemos R$ 0,51, o custo total da trava de alta é de R$ 0,42, resultando em lucro com o ativo sendo negociado a preços acima de R$ 24,17 (Strike da CALL + Valor gasto na operação – Valor recebido na operação).
Assim é possível travar o risco da operação, mas abrindo mão também de uma parte do lucro. Para as pessoas que já possuem mais experiência com o manejo das operações, e caso o ativo suba bastante, é possível encerrar a perna vendida transformando a trava em uma compra a seco, assim, continuar se beneficiando da alta.
Quando a bolsa de valores está em alta, como tem estado ultimamente, vale a pena pensar em estratégias que permitam aproveitar a alta e controlar a volatilidade implícita.
Como montar uma trava de alta com PUT
A trava de alta com PUT’s, é formada através da compra de uma opção mais OTM ( Out the Money / Fora do Dinheiro ), ao mesmo tempo que fazemos a venda de uma opção mais ITM ( In the Money / Dentro do dinheiro ).
Lembrando que o conceito de OTM e ITM em PUT é o inverso das CALL’s.
Como dissemos anteriormente, para facilitar o conceito, a trava será uma trava de alta se comprarmos uma opção com um strike e vendermos uma opção com strike maior do que o da opção comprada.
Usando esse conceito, sabemos que a trava é alta apenas olhando os strikes independente de ser com CALL ou PUT.
Dinâmica
A principal diferença ao montar uma trava de alta com PUT’s, é que é uma operação de crédito.
Ou seja, recebemos mais pela perna vendida do que pagamos pela perna comprada, resultando em um crédito, ou seja, entra dinheiro na conta ao montar a operação.
Voltando novamente ao básico, a PUT dá ao comprador da opção o direito de VENDER o ativo pelo preço do strike no vencimento. Já ao vendedor da opção a obrigação de COMPRAR o ativo pelo preço do strike no vencimento.
Assim, o comprador de uma PUT deseja que o preço do ativo diminua para a operação dar lucro enquanto o vendedor deseja que o preço do ativo aumente e fique acima do strike no vencimento para ficar como prêmio sem ser exercido.
E então vem a pergunta inevitável, se as PUT’s são opções que ganham com a queda dos preços, como podem ser usadas para montar uma trava de alta que ganha com a alta dos preços?
Na trava de alta com PUT’s, como já vimos, recebemos um prêmio ao montar a operação e caso o preço do ativo suba acima dos strikes das duas pernas, as duas opções irão vencer e não “darão exercício”.
Com isso, perdendo totalmente seu valor, “virando pó”, ficamos com o prêmio recebido.
Sendo assim, continua sendo uma trava, pois tem lucro máximo travado e de alta logo ganhamos com a alta dos preços.
Vamos usar um exemplo prático, uma trava de alta com opções de venda de Itaú (ITUB4):
Exemplo:
. ITUB4 está sendo negociada atualmente a R$ 26,81
. COMPRAR: ITUBX205 ( Opção de venda com vencimento em Dezembro e strike 26,00 )
. Pagamos: R$ 0,49
. VENDER: ITUBX274 ( Opção de venda com vencimento em Dezembro e strike 27,00 )
. Recebemos R$ 0,88
Nesta operação o break-even da operação, é a partir dos 26,61 reais.
Lembrando, as PUT’s valorizam com a queda dos preços. Como vendemos uma PUT com strike de R$ 27,00, passamos a ter a obrigação de comprar o ativo por R$ 27,00. No vencimento, caso o preço do ativo esteja abaixo desse valor, conforme o gráfico abaixo:
Como ITUB4 está atualmente com preço de R$ 26,81, a opção ITUBX274 já está no ITM (In the Money / Dentro do Dinheiro), e se o vencimento fosse hoje, já daria exercício.
Ao mesmo tempo, compramos uma PUT com strike de R$ 26,00 e, portanto, passamos a ter o direito de vender o ativo caso seu preço seja menor que R$ 26,00 no vencimento.
Novamente temos duas forças opostas agindo sobre o mesmo gráfico. De um lado, ganhos quase ilimitados abaixo de determinado valor; de outro, perdas quase ilimitadas abaixo de determinado valor.
Como pagamos R$ 0,49, e recebemos R$ 0,88, o crédito total da trava de alta é de R$ 0,39, resultando em lucro máximo com o ativo sendo negociado a preços acima de R$ 27,00.
Nesse caso, tanto a PUT comprada, quanto a PUT vendida, virariam pó; diminuindo os lucros abaixo de R$ 34,49 até R$ 33,95 ( R$ 34,49 strike da PUT vendida – R$ 0,54 do prêmio recebido). E passamos a ter prejuízo até o preço de R$33,49, que é o strike da PUT comprada.
Quais as diferenças entre trava de alta e uma trava de baixa?
A trava de alta é uma operação de tendência quando você acredita que o mercado possa subir e seu ativo acompanhe esse movimento. Pode ser montada tanto com CALL quanto com PUT.
Ao montar com CALL, você está montando uma operação de compra de volatilidade, ou seja, é esperado que com a alta do ativo a volatilidade também suba fazendo suas opções valorizarem.
Enquanto que ao montar com PUT, você está operando uma venda de volatilidade e espera-se que a volatilidade do ativo caia no decorrer do tempo, até o vencimento das opções.
Já a trava de baixa, é uma operação quando você acredita que o mercado pode sofrer uma queda no ativo até a data do vencimento; que pode ser montada com PUT e também com CALL.
A diferença aqui também é a volatilidade.
Ao montar uma trava de baixa com PUT, você está comprando volatilidade, enquanto que ao montar uma trava de baixa com CALL, você está vendendo volatilidade no mercado.
Por isso é muito importante analisar a volatilidade implícita ou o IV Rank do ativo para saber se é hora de comprar ou vender volatilidade.
Margem da PUT
Sempre que fazemos a venda de uma opção, é necessário ter uma garantia para “cobrir” essa venda.
Essa garantia é necessária, pois estamos vendendo uma obrigação futura. Ademais, caso a opção entre na zona de exercício teremos que ter o dinheiro para “entregar” o compromisso assumido.
As travas de alta com CALL são montadas com a compra de uma CALL com strike menor e a venda de uma CALL com strike maior.
Ademais, a CALL de strike maior sempre terá valor maior, ou igual, ao valor da CALL de strike menor.
Dessa forma, a perna comprada serve como garantia para a perna vendida, pois podemos exercer nosso direito de compra do ativo para entregar ao o comprador da CALL que vendemos.
Ao vender uma PUT, assumimos a obrigação de comprar o ativo caso sejamos exercidos e, por isso, é necessário ter a garantia financeira para cobrir essa obrigação.
Assim como na trava de alta com CALL, a trava de alta com PUT tem uma outra perna travando o prejuízo máximo da operação.
Nesse caso, teremos apenas a obrigação da compra sem ter o direito da venda e, por esse motivo, a perna comprada não serve de garantia para a perna vendida.
Um Caso Na Prática:
Nesse caso, a corretora pode exigir uma margem de garantia para a operação que pode ser no pior caso: o valor do strike da PUT multiplicado pela quantidade de PUTs vendidas.
Para dar um exemplo prático, se montarmos 1000 opções em travas de alta com as PUT’s ITUBX205 e ITUBX274, como vendemos a PUT ITUBX274, com strike de R$ 27,00, na pior hipótese a corretora pode pedir de margem o valor de R$ 27.000,00.
Portanto, para montar travas ou outras operações que chamamos de “vendidas”, recebemos um crédito na montagem, que será sempre necessário ter uma margem de garantia na corretora.
Como desmontar travas de alta?
Existem 2 possibilidades para o encerramento de uma operação de trava de alta, antes do vencimento e no vencimento.
Antes Do Vencimento:
Antes do vencimento, é possível desmontar a operação a qualquer momento, bastando fazer a operação inversa à montagem, ou seja, VENDER a opção que havíamos comprado, e COMPRAR a opção que havíamos vendido.
Portanto, o recomendado é você fazer o encerramento sempre antes do vencimento para evitar custos relacionados ao exercício das opções que veremos à frente.
No exemplo que utilizamos anteriormente, quando montamos a trava de alta com CALL, na montagem, compramos JBSSL247 e vendemos JBSSL257.
Para encerrar a operação, basta entrar no home broker, vender JBSSL247 e comprar a JBSSL257, encerrando assim, totalmente a operação.
Podemos desmontar totalmente ou parcialmente a operação. Além disso, podemos desmontar em quantidades que sejam múltiplos de 100 opções. Essa é a quantidade mínima que podemos negociar no Brasil e podemos encerrar a operação estando com lucro ou prejuízo.
No Vencimento:
O ideal é sempre desmontar as operações com opções antes do vencimento, porque no dia do vencimento, é permitido negociar, mas em horários específicos que podem ser consultados no site da B3.
O problema de você fazer o exercício das opções, é que existem custos relacionados com valores bem altos e que podem levar grande parte do lucro da operação.
Quando montar uma trava de alta?
Você pode montar as travas de alta, tanto com CALL, quanto com PUT. Se acreditar na alta dos preços do ativo objeto.
Nos dois casos, teremos lucro máximo apenas se o ativo objeto estiver sendo negociado com preços acima do strike da opção vendida.
Você pode simular essa e muitas outras estratégias no OpLab.
Ou seja, o OpLab é a melhor plataforma para você operar opções online.
O que significa uma trava de alta virar pó?
Quando uma trava de alta, ou uma opção vira pó, significa que ela perdeu todo o seu valor. Você se lembra do Theta? Pois bem, a cada dia que passa, quando a opção tem theta negativo faz com que o valor da opção seja diminuído.
Nos casos de operações de débito, significa que sua operação não foi a favor do mercado e você perdeu o valor que investiu.
Já nas operações de crédito, significa que sua operação foi a favor do ativo, e você poderá embolsar de fato o crédito recebido no início da montagem. Lembre-se que, o crédito será de fato, um lucro quando você encerrar a operação.
Onde montar uma trava de alta?
Você pode montar suas travas de alta e diversas outras estratégias no OpLab, a melhor plataforma do Brasil para operar opções online e em tempo real.
Nada melhor do que uma plataforma completa para você poder acessar todos esses dados importantes e ter acesso a gráficos de qualidade. Não acha?
No Brasil, o OpLab é a melhor ferramenta para você fazer gestão de carteira de investimentos.
Ou seja, você pode incluir diversas classes de ativos na sua carteira: ações, opções e fundos imobiliários.
Você pode ver o seu gráfico de payoff e cotações de opções e ações em tempo real.
Além disso, o OpLab também funciona como um excelente simulador de estratégias de opções.
Se você quer uma plataforma para operar opções, comprar ações, ou simplesmente fazer gestão de portfólio, o OpLab é a solução ideal para você.
Conclusão
A trava de alta é a operação estruturada com opções mais simples que podemos montar.
É uma operação que aposta na alta dos preços do ativo e é formada por duas pernas, uma comprada e outra vendida; sendo sempre o strike da opção comprada menor que o strike da opção vendida.
Essa operação pode te ajudar a lucrar, independente se você é buy & holder, analista Quant, ou trader.
Vale lembrar que você pode montar a trava de alta com CALL, ou com PUT; tendo risco máximo limitado e ganho máximo também limitado.
E você? Já fez essa operação? Ficou com alguma dúvida?