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Para que servem as opções?

Hoje vamos te contar para que servem as opções. Afinal, muita gente no mercado financeiro fala de opções, contratos futuros, derivativos, mas nem todo mundo sabe explicar o que são essas modalidades e para que servem.

Portanto, você vai entender o que são, para que servem, e como você pode aproveitar esses instrumentos nos seus investimentos. 

Vamos lá?

Para que servem as opções?

Primeiramente, você precisa entender que opções não são ações. Elas fazem parte de uma categoria chamada de derivativos, por derivarem de um ativo-objeto. 

Portanto, as opções estarão sempre relacionadas a este ativo objeto que pode ser uma ação, um índice, entre outros. E o grande objetivo das opções é poder se proteger e/ou lucrar com determinados movimentos em determinados ativos.

Logo, é interessante pensar em opções como uma espécie de seguro, muitas vezes. Por exemplo, quando você faz um seguro para o seu carro ou para a sua casa, você está se protegendo em caso de eventos inesperados, certo?

Bem, com opções funciona da mesma forma. Especialmente se você estiver comprando uma put (contrato de venda de opções), isso permite que você se proteja contra uma possível desvalorização do ativo em questão.

Opções como seguro?

Primeiramente, vale ressaltar que uma das finalidades das opções é agir como hedge, ou proteção.

Por exemplo, imagine que você tem 1000 ações de ITSA4 que você comprou a R$ 9,00 por ação. E agora imagine que você acha que a ação pode cair para R$ 6,00 por ação. Se você estiver somente comprado em ações de ITSA4, você poderia ter uma perda importante.

No entanto, ao comprar uma put, você estará mitigando o seu risco em caso de uma queda forte das ações de ITSA4, e consegue minimizar sua perda.

Ou seja, as estratégias de opções podem funcionar como gerenciamento de risco. Em seu livro bestseller “Iludidos pelo acaso”, Nassim Taleb contou um fato curioso.

Quando Taleb era trader nos anos 80, em uma reunião ele disse que estava muito otimista com o mercado acionário então havia comprado ações, e também havia comprado puts de índice.

Sem entender, os colegas perguntaram porque ele estava comprando puts se ele estava tão otimista. E a resposta de Taleb foi que o fato de estar otimista não deve excluir o gerenciamento de riscos. 

Essa estratégia é popularmente conhecida como “seguro de carteira”.

Opções como sinal?

Bem, outra forma de usar as opções é fazendo estratégias que sirvam como sinal.
Ou seja, é como quando você quer comprar um imóvel.

É muito comum que pessoas deem um sinal ao comprar um imóvel, que seria como uma entrada. Em outras palavras, você dá um valor pequeno parcial para ter o direito de comprar o bem no final. 

No caso de ações, imagine que você ainda não tem ações de PETR4, mas você acredita que o mercado de commodities pode movimentar o preço do petróleo, seja por conta de um fator externo, ou alguma outra razão.

Porém, suponha também que você não quer comprar um lote de 100 ações ao preço a mercado de R$ 30,00 por ação.

Bem, nesse caso o mercado de opções te possibilitaria comprar calls de Petrobrás, que fariam com que você tivesse o direito, mas não a obrigação, de comprar ações de PETR4 numa data futura, por um preço já determinado, por exemplo, R$ 29,00 por ação. 

Esse preço pré-determinado é chamado de strike. E se o valor das ações de PETR4 ultrapassar o strike na data de vencimento, você poderia obter um lucro, sendo que seu investimento inicial foi mais baixo do que se tivesse comprado ações.

Essa é uma forma de se usar o mercado de opções para se aproveitar de valorizações no mercado acionário. 

Como surgiram as opções?


A história de como surgiram as opções não é 100% exata, porém muito se fala de Tales de Mileto.

Tales de Mileto era um filósofo da Grécia Antiga que fez fortuna ao usar opções como hedge para azeitonas.

O objetivo de Tales era criar uma situação na qual ele tivesse uma possibilidade de ganho muito grande e uma possibilidade de perda muito pequena.

Em outras palavras, Tales estava buscando a convexidade.

Assim, um dia resolveu fazer o que ficaria conhecido como o primeiro contrato de opções da história.

A negociação em questão consistiu em reservar as prensas de azeitonas da cidade de Mileto para ele, durante o período de colheita. 

O motivo disso foi que Tales havia calculado que naquele ano a safra de azeitonas poderia ser muito grande. 

Quando as azeitonas ficaram maduras, houve grande necessidade de os comerciantes alugarem as prensas para fazer azeite. E como a demanda por uso de prensas cresceu, naturalmente nosso amigo Tales ajustou os preços. 

Através dessa operação ele ganhou uma fortuna que superava em múltiplas vezes o valor que ele havia investido. Isso permitiu que ele atingisse a liberdade financeira para se dedicar à Filosofia.

Uso de opções ao longo da história.

Depois de Tales de Mileto, tivemos muitas outras épocas em que o mercado de opções foi usado, seja para hedge, ou para especular.

Uma das passagens mais marcantes da História é a Bolha das Tupilas, que ocorreu na Holanda, durante o século 16. Naquela época, houve uma mania que levou as pessoas à absoluta loucura, trocando suas casas por tulipas, fazendo com que o preço das tulipas crescesse cada vez mais.

Muitas pessoas estavam comprando o equivalente a calls (contratos de compra de opções) para negociar tulipas.

Ou seja, vale destacar que aquela foi uma das bolhas mais impactantes da história. Tanto é que este episódio é lembrado até hoje. Ademais, a primeira bolsa de valores do mundo foi aberta na Holanda, o que ajudou a fomentar a especulação por lá. 

Porém, como todas as bolhas, uma hora o desespero bateu e a bolha estourou, criando ainda mais desespero. Com a demanda por tulipas caindo drasticamente, o valor das tulipas caiu 98%. 

Para não ficarmos somente na antiguidade, vamos avançar para os anos 2000. Naquela época a moda de derivativos voltou com força, o que ocasionou uma onda de especulação jamais antes vista no preço dos imóveis, o que levou a um colapso iminente.

No entanto, existem muitos investidores que fizeram verdadeiras fortunas com esse episódio, usando derivativos de forma correta, e apostando contra a manada.

Alguns exemplos são Michael Burry, Bill Ackman, Steve Eiseman, entre outros.

Quais tipos de estratégias de opções você pode montar?

Existem diversas outras estratégias de opções que você montar, que vão além de simples calls e puts (as chamadas compras à seco).

Ou seja, você pode combinar essas estratégias de compra e venda a seco transformando em estratégias mais complexas, que chamamos de operações estruturadas.



Trava de alta



Um bom exemplo são as
travas de alta. Uma trava de alta pode ser feita tanto com calls quanto com puts. Essas estratégias são chamadas de travas pois elas “travam” seu lucro, bem como suas perdas.

Ou seja, com uma trava de alta você tem um limite de ganhos, mas também tem um limite de perdas. E isso permite que você controle a volatilidade. Portanto, às vezes é mais vantajoso usar uma trava de alta para operar opções do que uma compra de call a seco.

Porém, é importante lembrar das diferenças entre expectativas quando você compra uma call e quanto você monta uma trava de alta.

Por exemplo, se você compra uma call, é porque você acredita numa grande valorização do ativo. Já no caso da trava de alta, você está num cenário neutro-otimista, mas não acha que o ativo terá uma grande valorização.

Afinal, se fosse para acreditar numa forte valorização, não faria sentido travar os lucros. Portanto, é importante entender essas diferenças.

Collar


Outra estratégia muito usada pelos investidores de opções é a chamada estratégia collar. 

O collar é uma estratégia na qual você consegue travar o seu risco de perda e ainda fica protegido. 

Primeiramente, vamos explicar como é orquestrada essa estratégia. Para montar um collar, você precisa fazer uma venda coberta junto com uma compra de put. Ou seja, é uma estratégia com 3 pontas, pois você tem o ativo, tem uma call vendida e tem uma put comprada.

Um ponto importante nessa estratégia é que o theta continue positivo. Isso porque, caso o theta venha a ficar negativo, vale mais a pena você procurar uma put num strike mais baixo. 

Normalmente os investidores que montam os collars esperam que a ação fique parada, mas querem se proteger contra um risco de cauda. 

Neste cenário, o collar te protege e trava o risco de cauda, sendo que uma simples venda coberta não te protegeria. 

Em outras palavras, o collar é conhecido no mercado financeiro como uma estratégia “risk-reverse”, por ela te proteger de grandes movimentos para baixo. 

Qual é a melhor estratégia de opções?

Muitos iniciantes se perguntam qual é a melhor estratégia de opções. A verdade é que essa pergunta é tão ambígua quanto perguntar qual é o melhor investimento.

Ou seja, depende de uma série de fatores. Por exemplo, não podemos dizer que o melhor investimento são ações, ou que é renda fixa, ou que são imóveis.
Sim, todas essas classes de ativos trouxeram excelentes retornos aos seus investidores ao longo dos anos, porém houveram períodos específicos onde cada uma sofreu. 

Por exemplo, durante os últimos 10 anos os títulos públicos americanos tiveram os rendimentos mais baixos em décadas por conta do preço inflado (o rendimento dos títulos tem relação inversa com o preço dos mesmos). 

Já durante os anos 70 as ações tiveram um período de má performance, por conta do período de alta inflação com baixo crescimento econômico.

Se falarmos de commodities, veremos que existem momentos específicos do ciclo econômico onde é vantajoso ter exposição nesta classe de ativo. Já em outros períodos, pareceria loucura ter commodities, uma vez que são ativos muito cíclicos, cujo preço é predominantemente influenciado por oferta e demanda. 

Portanto, ao montar o seu portfólio, você precisa considerar a importância de cada classe de ativo e de cada estratégia. 

Ou seja, se você acredita que sua carteira está muito exposta a um certo ativo e quiser se proteger, talvez valha a pena fazer uma estratégia de hedge.

Ademais, se você está analisando  ações específicas que podem ter um alto potencial de valorização, talvez faça sentido comprar calls. 

No entanto, se seu intuito é controlar melhor a volatilidade de um ativo, talvez o ideal fosse uma trava de alta.

Logo, não existe uma receita de bolo para o mercado financeiro. Tudo deve ser analisado de uma forma combinada.

Como e onde operar opções?

Muito bem, agora você já conhece algumas estratégias de opções que podem ser usadas para determinados objetivos. 

No Brasil existem várias plataformas que permitem que você acompanhe estratégias de opções, porém o OpLab é a melhor plataforma para essa finalidade.

Além disso, com o OpLab você consegue fazer a gestão da sua carteira com ações, entre outros. No OpLab você consegue acompanhar todas as ações e estratégias de opções da sua carteira no cockpit do investidor, com o seu gráfico de payoff em tempo real.

Conclusão

Como vimos, as opções são instrumentos financeiros que podem ter diversas finalidades dentro da sua estratégia de investimentos. 

Primeiramente, é sempre importante pensar na preservação do seu patrimônio, antes de qualquer outra coisa. Nesse contexto, é possível usar as opções como seguro, ou hedge, em caso de queda significativa no preço de algum ativo ou índice. 

Além disso, as opções podem ser poderosas estratégias de ganho de capital, no caso se você está apostando na direção de um ativo específico. Existem casos de pessoas que ganharam muito dinheiro comprando calls muito baratas de ações que tiveram uma valorização forte. 

Ademais, você também consegue fazer operações estruturadas (que tem 2 ou mais pernas), que permitem que você controle a volatilidade, entre outras coisas.

Porém, você deve sempre estudar muito bem e avaliar os cenários antes de usar estratégias de opções, para evitar que você perca dinheiro por não saber o que está fazendo.
É por isso que você precisa de uma plataforma como o OpLab, que te permite fazer simulações e ver o seu payoff antes de enviar ordens.


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Até a próxima!

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