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Operações estruturadas com opções: o que são e estratégias

Muitas pessoas têm dúvidas sobre o que são operações estruturadas com opções. Existem diversas estratégias de opções que você pode montar, dependendo do seu objetivo. No entanto, é importante entender todos os elementos para que a estratégia seja bem sucedida: o cenário, a mecânica, o sentimento e o objetivo. 

Ou seja, você precisa levar estes elementos em consideração para conseguir lucrar com operações estruturadas.

Vamos começar então?

O que é operações estruturadas com Opções?

O que são operações estruturadas com Opções?

As operações estruturadas são operações que contém dois ou mais ativos para efetuar a operação.

Essas operações possuem muitas vantagens no mercado de Opções, isso porque ela possibilita segurança e margem para maiores ganhos.

As operações estruturadas com Opções podem possibilitar ao investir rentabilidade, diversificação e controle de risco.  

A importância da volatilidade implícita

Primeiramente, quero falar aqui de volatilidade.

Quando falamos de estratégias de opções mais complexas, ou seja, operações estruturadas, a volatilidade se torna muito importante.

Já falamos em outro artigo sobre a volatilidade implícita, mas basicamente você precisa entender que essa é a volatilidade que o mercado está atribuindo para determinado ativo.

Ou seja, é a forma do mercado tentar prever uma volatilidade esperada para um determinado ativo com base na sua volatilidade passada. Algumas métricas de volatilidade incluem, por exemplo, o IV Rank e o IV Percentil.

​​O IV Rank compara a volatilidade implícita atual de uma ação com o seu intervalo de volatilidade implícita (máxima e mínima) durante um determinado período. Com isso, podemos determinar que, quando a volatilidade está acima de 50, quanto mais próximo de 100, mais alta é a volatilidade.

O contrário também é verdadeiro, portanto, abaixo de 50, quanto mais próximo de 0, mais baixa é a volatilidade.

Entretanto, outra métrica interessante é o IV Percentil. Basicamente, essa métrica mede a porcentagem de dias no último ano (52 semanas) em que a volatilidade implícita do ativo esteve abaixo da volatilidade implícita atual. Por exemplo, se temos uma ação com uma volatilidade implícita atual de 20% e um IV Percentil de 60%, isso significa que a volatilidade implícita da ação esteve abaixo de 20% em 60% dos dias nas últimas 52 semanas.

Valor intrínseco e valor extrínseco

Vamos falar um pouco do valor intrínseco e valor extrínseco das opções.

Ah, mas primeiramente, preciso te avisar que quando falamos do valor intrínseco de uma opção, não estamos nos referindo ao mesmo tipo de valor intrínseco ao qual se referem os analistas ao fazer o valuation de uma empresa.

Ou seja, não vamos falar aqui de fluxo de caixa descontado, ou coisas do tipo.

Portanto, o valor intrínseco de uma opção é calculado pegando o preço do ativo-objeto (ex: ação) e subtraindo deste preço o strike price. 

Ou seja, a fórmula de valor intrínseco de uma opção é = Preço da ação – Strike.

Vamos supor que você tem uma call ou uma put, e quer saber o valor intrínseco. Você faz então este cálculo. 

Portanto, se o número obtido for positivo, então sua call estaria dentro do dinheiro e sua put estaria fora do dinheiro. Porém, se o número obtido de valor intrínseco for igual a 0 ou negativo, sua call estaria fora do dinheiro e sua put estaria dentro do dinheiro. 

Bem, mas já que falamos de valor intrínseco, que tal falarmos de valor extrínseco? No caso, o valor extrínseco de uma opção representa o valor de expectativa. Ou seja, ele é medido pelo risco do tempo até o vencimento e o risco de volatilidade. 

Ou seja, lembra do que falamos sobre a volatilidade implícita? Ela tem grande impacto numa opção. Se a volatilidade implícita é alta, ela faz com que o prêmio das opções seja mais alto, e vice versa. 

As gregas e como elas precificam as opções

Temos um artigo completo sobre as gregas que você pode conferir aqui, mas ainda assim vamos explicar como elas funcionam.

Primeiramente, saiba que existem 5 gregas: delta, theta, gamma, vega e rho.

O delta é a grega que mede a sensibilidade do preço de uma opção com relação ao preço do ativo. Ou seja, o delta representa a porcentagem do valor que a opção valoriza ou desvaloriza para cada unidade mínima de variação no preço do ativo. 

O theta mede a sensibilidade de uma opção com relação ao tempo para o vencimento. Ou seja, cada dia que passa, a sua opção mudará de valor, e esse valor é o theta.

Já o gamma mede a mudança do delta com relação à mudança no preço do ativo.

Além disso, temos o vega, que é a medida de volatilidade. Portanto, o vega de uma opção mostra o valor pelo qual uma opção muda caso exista uma mudança de 1% na volatilidade implícita do ativo.

E, por fim, temos o rho, que mede a sensibilidade do preço de uma opção com relação à taxa de juros. 

Ou seja, a combinação de todos estes elementos é o que forma o preço de uma opção. 

In the money, at the money, out of the money

No mercado de opções, uma opção pode estar “In the money” (ITM), “At the money” (ATM) ou “Out of the money”(OTM). Vamos explicar.

Primeiramente, ITM é uma expressão que se refere a uma opção que possui valor intrínseco. Portanto, uma call (opção de compra) dentro do dinheiro significa que o titular da opção tem o direito de comprar o ativo abaixo de seu preço de mercado atual, o chamado market price, em inglês.

Já uma put (opção de venda) in-the-money significa que o titular da opção pode vender o ativo acima de seu preço de mercado atual. 

Vale lembrar que não é porque uma opção está ITM que o investidor irá lucrar com ela. Devemos sempre levar em conta os custos envolvidos. 

Vamos falar agora de ATM. Quando falamos de At the money (ATM), é uma situação em que o strike price de uma opção é idêntico ao preço de mercado atual do ativo-objeto. Aqui vale salientar que tanto uma call quanto uma put de um ativo podem estar ATM ao mesmo tempo.

Muito bem, falemos agora sobre opções OTM. Quando uma opção está “Out of the money” (OTM), isso significa que aquele contrato de opção contém apenas valor extrínseco. Esse tipo de opção possui um delta menor que 50.

Bem, vamos agora ver algumas estratégias de operações estruturadas?

Conheça as principais operações estruturadas com Opções

Operação de Trava de alta

Vamos começar falando da trava de alta, também conhecida como bull spread.

Uma trava de alta pode ser feita tanto com calls quanto com puts. Essas estratégias são chamadas de travas pois elas limitam seu lucro, bem como suas perdas.

Ou seja, com uma trava de alta você tem um limite de ganhos, mas também tem um limite de perdas. Isso é excelente pois te dá um maior controle de lucro ou prejuízo, bem como permite que você controle melhor a volatilidade da opção. 

No entanto, é importante lembrar que se você compra uma call, é porque você acredita numa grande valorização do ativo. Já no caso da trava de alta, você está num cenário neutro-otimista, mas não acha que o ativo terá uma grande valorização. 

Portanto vale ressaltar que se você acreditar numa forte valorização, não faria sentido travar os lucros. Portanto, uma compra de call seca seria melhor. Já no caso de você não esperar uma alta forte do ativo, pode fazer sentido você montar uma trava de alta.

A mecânica numa trava de alta com calls, por exemplo, é que você vai primeiro comprar uma call dentro do dinheiro (In the Money) e vai depois vender uma call com a mesma data de vencimento, porém fora do dinheiro (Out of the money). 

Uma trava de alta também pode ser montada com puts, como detalhamos neste artigo.

Basicamente, ao montar uma trava de alta com put, você recebe dinheiro para montar. Ou seja, são operações de crédito.

Primeiramente, você precisa comprar uma opção mais OTM e vender uma opção mais ATM. Essa estratégia é interessante, pois mesmo que o mercado fique parado, você receberá renda. E se ele subir moderadamente, você receberá renda também.

Portanto, a trava de alta com put é uma operação de geração de renda.

Operação de Trava de baixa

Assim como a trava de alta, existe a trava de baixa.

Você monta uma trava de baixa quando imagina que o preço de um ativo vai cair. Inclusive, às vezes até mesmo com o mercado parado é possível lucrar com uma trava de baixa.

Assim como vimos com a trava de alta, você terá duas partes, e assim travará as perdas mas os ganhos também.

Primeiramente, vale explicar que a trava de baixa com call é uma operação de crédito. Ou seja, você recebe dinheiro para montar essa estratégia. A mecânica neste caso é que você precisa vender uma call mais cara e comprar uma call mais barata, do mesmo vencimento. 

Ademais, não existe uma verdade universal sobre como se deve montar uma trava de baixa com call. Você deve ajustar os strikes conforme a sua estratégia e objetivos, e conforme o mercado.

Mas no geral, vale dizer que a trava de baixa com call montada mais fora do dinheiro (Out of the money) geralmente custa menos dinheiro ao investidor. 

Ah, e lembra do Theta? Pois é, nesse caso de trava de baixa com call, ele é positivo para você. Em outras palavras, o Theta é seu amigo. Você ganha dinheiro com a passagem do tempo. 

Vamos falar agora da Trava de baixa com put. A primeira diferença é que, ao usar puts, você paga para montar a estratégia. Ou seja, é uma operação de débito, ao contrário da trava de baixa com call.

Por consequência, o Theta dessa estratégia é negativo. Ou seja, você perde dinheiro com a passagem do tempo. E para montar esta estratégia, é necessário vender uma put mais barata e comprar uma put mais cara, ambas no mesmo vencimento. 

Ou seja, o strike da put vendida é menor do que o da put comprada. 

Operação de Borboleta

Agora vamos falar de uma estratégia que gera muita curiosidade: a borboleta.

Essa estratégia tem esse nome por conta do formato do payoff. 

Primeiramente, saiba que existem diversas maneiras de montar uma estratégia de borboleta, mas hoje focaremos em borboletas no dinheiro (ATM). Essa é uma estratégia onde você se beneficia se o preço do ativo ficar ali no centro do “corpo” da borboleta e se a volatilidade cair. 

Vamos agora falar do cenário: a estratégia de borboleta se beneficia da queda da volatilidade e da passagem do tempo. 

Para montar, primeiramente você precisa comprar uma call mais cara (ITM), e depois vender duas calls perto do dinheiro (ATM). 

Em seguida, você compra uma call fora do dinheiro (OTM), assim você cobre a venda descoberta. Dessa forma as suas compras vão casar com as vendas, e você terá uma operação simétrica. 

Ademais, vale lembrar que como você quer que a volatilidade caia, é mais interessante montar esta operação se a volatilidade estiver alta. Isso deixa a estratégia mais barata também.

A borboleta é uma estratégia complexa, portanto você precisa ter uma boa visão do seu payoff e ter uma ferramenta como o OpLab que te ajuda na montagem da operação. Isso é necessário para evitar erros de montagem, portanto lembre-se disso antes de montar a estratégia. 

Operação de Straddle

Até o momento falamos de estratégias que podem se beneficiar de um mercado parado, ou de uma leve alta ou leve baixa.

Mas, será que existem estratégias que se beneficiam de um movimento forte? Sim, e por isso vamos falar do straddle. O straddle é uma estratégia de opções que se beneficia de um forte movimento no mercado, seja de alta ou de baixa. 

Ademais, o interessante é que se você analisar o payoff da estratégia, verá que você tem risco limitado e potencial de ganhos ilimitado. Ou seja, é uma estratégia de convexidade, onde você compra volatilidade.

Para montar um straddle, você compra uma call e compra uma put, ambas no mesmo vencimento, ambas ATM (At the Money). Isso é importante pois você irá lucrar se o mercado for para um lado e também se o mercado for para o outro. 

Em outras palavras, se o mercado subir, sua call vai entrar no dinheiro (ITM) e vai se valorizar. Da mesma forma, se o mercado cair, sua put vai entrar no dinheiro (ITM) e vai se valorizar.

Ou seja, para que você lucre, o preço não deve ficar neutro (ao centro do payoff). 

Lembra que falamos do IV Rank? Então, nessa estratégia você quer que o IV Rank esteja baixo, pois assim ele tem potencial de aumentar (volatilidade subir com o movimento forte do mercado). Portanto, nessa estratégia o aumento da volatilidade vai te ajudar.

Onde montar operações estruturadas com Opções?

No Brasil, a OpLab é a melhor plataforma para operar opções e enviar ordens.

Além de ter uma visão completa da sua carteira, você pode ver o seu gráfico de payoff e cotações em tempo real, fazer o seu gerenciamento de risco, e incluir diversas classes de ativos na sua carteira, desde ações, opções, fundos imobiliários e LFT. 

Além disso, você tem acesso ao monitor de mercado, book de ofertas, indicadores técnicos, indicadores estatísticos, gráficos de volatilidade, IV Rank, simulador de opções, etc.

A melhor forma de investir é ter à sua disposição uma ferramenta que é uma solução completa para gestão de portfólio.

Para montar operações estruturadas, a melhor ferramenta é o OpLab, pois para sua maior segurança, você pode escolher o modo de operação ultra-seguro, que vai sempre executar a perna comprada antes da perna vendida. 

Isso difere do modo de maior performance, onde o sistema irá enviar ambas pernas ao mesmo tempo. Nesse modo de maior performance, o robô da OpLab ajusta o spread da perna faltante e envia para o book.

OpLab Gratis

Conclusão

Hoje vimos apenas algumas das diversas operações estruturadas que podem ser feitas com o mercado de opções.

Vimos que existem estratégias que se beneficiam de mercados em queda, estratégias que se beneficiam de mercados em alta, e estratégias que se beneficiam quando o mercado está parado.

Ademais, existem operações estruturadas especificamente para se beneficiar de movimentos pequenos, e outras que são mais favoráveis em casos de movimentos fortes e bruscos.

Ou seja, existem diversos tipos de estratégias para diversos objetivos diferentes. Por isso é sempre muito importante que você tenha em mente o cenário no qual está montando a estratégia, bem como o seu objetivo.

E é claro, lembre-se de montar a estratégia no OpLab para que você possa simular o payoff antes de enviar a ordem. Até porque a maioria das operações estruturadas são complexas, ou seja, podem ocorrer erros quando você monta elas. Então é importante usar a ferramenta correta para operar com segurança.

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Até a próxima!

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