Skip to content Skip to footer

O que preciso saber para começar a operar Opções?

Se você ainda nunca teve contato com opções, provavelmente já se fez a seguinte pergunta: “O que eu preciso saber para começar a operar Opções?”.
Bem, no OpLab nossa principal motivação sempre foi trazer informação e educação sobre o mercado de opções para o público. Portanto, hoje vamos te explicar como funcionam as opções, o que influencia em sua precificação, para quais fins são usadas, e quais os riscos envolvidos.
Vamos lá?

O que são Opções:

A regra número 1 do gênio Warren Buffett é “Não perca dinheiro”, e sua segunda regra é “Não se esqueça da regra número 1”.

Essas duas regras deveriam ser o mantra de qualquer pessoa que investe no mercado financeiro. Portanto, embora Buffett nunca tenha falado de uma terceira regra, poderíamos imaginar que ela seria algo do tipo “Não invista no que você não entende.” O que na verdade seria de fato sua terceira regra, já que ele sempre fala de investir apenas no que está dentro de seu círculo de competências. 

Portanto, vamos explicar o que são opções para que você mergulhe no assunto com conhecimento. 

Primeiramente, o termo “opção” se refere a um instrumento financeiro que é baseado no valor de algum ativo, como por exemplo uma ação. Além disso, as opções funcionam sob o formato de contratos.

Nos contratos de opções, o detentor tem o direito de comprar ou vender um ativo – dependendo do tipo de contrato – a um preço específico (strike) numa data futura. Esse direito é justamente o motivo pelo qual chamamos estes instrumentos de “opções”, pois eles dão a opção de comprar ou vender o ativo. 

E aqui vem um ponto importante: se você compra um contrato (seja ele de compra ou de venda), você tem o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender o ativo numa data futura pelo strike (preço de exercício). Tudo isso dentro de um prazo determinado, pois os contratos de opção tem data de vencimento. 

Porém, se você vende um contrato (seja ele de compra ou de venda), você deve honrar a obrigação. Por isso é muito importante que você saiba de qual lado da transação quer estar, pois existem riscos envolvidos. Falaremos deles mais tarde. 

Agora vamos falar da nomenclatura usada. Um contrato de opção de compra se chama “call” e um contrato de opção de venda se chama “put”. Portanto, é muito comum você ouvir operadores falando coisas do tipo “comprei uma call” ou algo assim, se referindo ao fato de que compraram um contrato de opção de compra. 

Portanto, os elementos principais de um contrato de opções são: o ativo que está sendo negociado; a data de vencimento do contrato; o strike (preço de exercício); o tipo do contrato (call ou put); o prêmio pago. 

Como funcionam as Opções:

Como já mencionamos, as opções são derivativos que permitem que você se exponha a um ativo específico. Porém, ao contrário de uma ação, quando você compra uma call, você não tem participação na empresa. Ou seja, você não se torna sócio; as opções só te dão um direito temporário sobre o ativo. 

Adicionalmente, vale ressaltar que quem compra um contrato de opções (o titular) deve pagar um prêmio por isso. E é importante você saber que esse prêmio não é o valor do ativo, e sim um preço pelo direito que você tem de comprar ou vender o ativo (dependendo se for call ou put) numa data futura pelo preço de strike. Chamamos isso de direito de exercício.

No entanto, quem vende um contrato de opções recebe esse prêmio vindo do titular. Em outras palavras, quem vende um contrato recebe já um valor no momento de início do contrato. E isso, por sua vez, também traz um risco adicional, do qual falaremos daqui a pouco. 

Agora vamos falar de algumas regras da bolsa brasileira B3 sobre o mercado de opções.

No que diz respeito à data de vencimento, as opções vencem toda a terceira Sexta-feira do mês.

Um outro ponto é que o último dia de negociação é o dia do vencimento da opção. Além disso, o exercício das opções é feito automaticamente pela B3, sendo que antigamente era feito diretamente pelas corretoras. 

Se você quer entender mais sobre as demais regras do mercado de opções no Brasil, leia nosso artigo completo sobre as regras da B3.

Agora precisamos falar das variáveis que influenciam na precificação das opções: as gregas.

As gregas e como elas influenciam na precificação de uma Opção:

Muito bem, agora chegou o momento de falarmos das gregas, pois você precisa saber como elas funcionam antes de começar a operar Opções.

Elas costumam assustar muitos iniciantes por parecerem conceitos complexos, porém vamos te mostrar que não há o que temer. Na realidade, é muito simples de entender como funcionam.

Em primeiro lugar, no mercado de opções, você sempre precisa se perguntar o que de fato forma o preço de uma opção. E é aí que entram as gregas. Portanto, você vai usar as gregas para medir a sensibilidade de uma opção com relação ao preço do ativo, volatilidade, tempo e taxa de juros.

Fazendo uma analogia com o corpo humano, é como se as gregas fossem os órgãos vitais que fazem o seu corpo funcionar. Se você não entender a função dos órgãos, você não vai entender como o seu corpo funciona. E com as Opções e gregas é a mesma coisa.

Mas afinal, quais são as gregas, e quantas são? 

Existem 5 gregas usadas no mercado de opções: delta, theta, gamma, vega e rho. Vamos falar de cada uma de forma individual.

Delta

O delta é a grega que mede a sensibilidade do preço de uma opção com relação ao preço do ativo. Ou seja, o delta representa a porcentagem do valor que a opção valoriza ou desvaloriza para cada unidade mínima de variação no preço do ativo. 

Portanto, cada vez que o preço do ativo subir ou cair 1% o preço da Opção vai subir ou cair no valor do Delta.

Theta

Em seguida, existe o theta. Essa grega mede a sensibilidade de uma opção com relação ao tempo para o vencimento. Ou seja, cada dia que passa, a sua opção mudará de valor, e esse valor é o theta.

Gamma

A terceira grega da qual falaremos é o gamma, frequentemente chamada de “a grega da aceleração”. Em outras palavras, o gamma mede a mudança do delta com relação à mudança no preço do ativo. 

Até agora, você conseguiu ver como uma grega complementa a outra? De fato são como os órgãos; se o seu coração não bombear o sangue corretamente, outros órgãos serão prejudicados. 

Vega

A quarta grega é o vega, que é a medida de volatilidade. Portanto, o vega de uma opção mostra o valor pelo qual uma opção muda caso exista uma mudança de 1% na volatilidade implícita do ativo.

Ademais, é importante ressaltar que opções compradas possuem vega positivo enquanto opções vendidas possuem vega negativo.

Rho

Uma grega muitas vezes esquecida é o rho.

Isso provavelmente se deve ao fato de que ela mede a sensibilidade do preço de uma opção com relação à taxa de juros. Ou seja, se a taxa de juros se mover 1% para cima ou para baixo, o preço da opção vai variar no valor do rho.

E como as taxas de juros não costumam mudar com muita frequência, essa grega às vezes não é tão olhada quanto às demais. No entanto, no cenário de turbulência econômica que estamos vivenciando ultimamente, os juros ao redor do mundo estão se movendo, o que por sua vez afeta preços de opções. 

Inclusive, no Oplab você consegue ver todas as informações das gregas na tela de análise e consegue também filtrar a tela para ver as opções por cada variável. 

Se você ainda não usa o OpLab, aproveite para testar por 30 dias grátis e veja as gregas de forma dinâmica!

Se você quer entender melhor como as gregas funcionam, leia esse artigo que fizemos sobre o assunto. 

Tipos de uso para opções:

Para que são usadas as opções? Muitas pessoas fazem essa pergunta para entender como poderão se beneficiar com as Opções. 

Vamos falar aqui de 2 principais funções: hedge e especulação. 

Hedging

O hedging funciona como um seguro, uma proteção. Imagine que você quer se proteger de flutuações muito grandes nos preços de um ativo (seja uma ação, moeda, commodity, etc.). Você pode fazer um seguro comprando uma put, para se proteger em caso de queda no preço do ativo.

Inclusive, dependendo da magnitude da queda, a put pode gerar um lucro alto para o investidor. 

O conceito de hedging é muito usado entre produtores de commodities, que usam opções e contratos futuros para se protegerem na oscilação de preços. Já no mercado financeiro, o conceito é conhecido como “seguro de carteira”.

Especulação

Muitas empresas na bolsa às vezes passam por momentos de turnaround. Ou seja, momentos de virada de chave. E geralmente nesses momentos as probabilidades estão sempre em grande parte a favor de uma determinada tese.

Portanto, quem faz apostas que vão contra a tese geral (contra a manada), tem uma baixa probabilidade de ganho. Porém, se a aposta é bem sucedida e esse ganho se materializa, pode ser um ganho muito alto. Vemos muito isso com os famosos “pozinhos”, que são opções baratas e bem fora do dinheiro.

Aliás, sabia que no OpLab você tem uma tela especial que te mostra todos os melhores pozinhos em tempo real?

Tipos de estratégias para opções

Olha só, aprendemos muitas coisas interessantes até aqui. No entanto, há outro ponto que você precisa saber para começar a operar opções, que são os tipos de estratégias. 

De certa forma já falamos de algumas na sessão anterior, ao falar da estratégia de hedging e também da estratégia do pozinho. Mas existem outras combinações que você pode fazer.

Trava de alta

A trava de alta é uma estratégia muito comum onde você consegue controlar melhor a volatilidade implícita. Você pode montar tanto uma trava de alta com call quanto com put.

É importante lembrar que, diferente da estratégia do pozinho onde acha que o ativo vai ter uma forte valorização, na trava de alta você está com uma expectativa de alta mais neutra. Afinal, uma trava de alta limita as perdas mas também trava os lucros. 

Veja mais detalhes sobre essa estratégia aqui.

Além da trava de alta, você também pode montar travas de baixa, se achar que o ativo pode cair.

Venda coberta

A venda coberta, também chamada de lançamento coberto, consiste em você comprar um ativo e fazer venda de calls sobre esse ativo. O bom dessa estratégia é que você pode ir recebendo renda.

Mas lembre-se, você não pode vender mais calls do que a quantidade do ativo que você tem, pois senão você fica descoberto, e seu risco se torna ilimitado. 

Riscos envolvidos:

Chegamos agora a um tema extremamente importante, que são os riscos envolvidos em operar derivativos. 

Um dos maiores riscos envolvendo derivativos é você calcular o seu gerenciamento de risco de forma errada ou você estar do lado errado da operação, ou seja, ela for contra ao que você planejou.

Por exemplo, se você for o lançador de opções de compra, você corre o risco de ser exercido, você teria a obrigação de entregar suas ações.

E caso você tivesse vendido uma quantidade maior de calls do que tinha de ações, o seu risco se torna infinito e você estaria operando a descoberto, pois em teoria uma ação não tem limite para subir e para recomprar você pagaria o preço a mercado. 

Portanto, como sempre mencionamos em nossos artigos e vídeos, você precisa sempre estudar o mercado e as estratégias antes de fazer as suas operações. E o OpLab é a melhor ferramenta para você fazer isso.

Melhor plataforma para conseguir informações e operar Opções:

No Brasil, o OpLab é a melhor plataforma para operar opções e enviar ordens.

Além de ter uma visão completa da sua carteira, você pode ver o seu gráfico de payoff e cotações em tempo real, fazer o seu gerenciamento de risco, e incluir diversas classes de ativos na sua carteira, desde ações, opções, fundos imobiliários e LFT. 

Além disso, você tem acesso ao monitor de mercado, book de ofertas, indicadores técnicos, indicadores estatísticos, gráficos de volatilidade, IV Rank, simulador de opções, etc.

A melhor forma de investir é ter à sua disposição uma ferramenta que é uma solução completa para gestão de portfólio.


Teste o OpLab por 30 dias grátis!

Conclusão:

Hoje você entendeu tudo o que precisa saber para começar a operar Opções.

Falamos do que são opções, como elas funcionam, quais são as variáveis que afetam o preço das opções, quais são as regras da B3, e também falamos de estratégias, riscos envolvidos, e como o OpLab te ajuda a investir melhor.

Gostou desse artigo? Então compartilhe em suas redes sociais e marque a gente.

Até a próxima!

Leave a comment