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Análise Técnica: O que é e como usar [Guia completo 2023]

Análise técnica é uma das duas principais escolas de análise que ajuda o investidor a tomar decisões importantes na hora de investir em renda variável

sem dúvidas, você já viu aqueles filmes em que o ambiente do mercado financeiro é cheio de telas e gráficos. Pois é, aqueles gráficos fazem parte da análise técnica. 

Para analisar os gráficos, não existe uma regra a ser seguida, uma vez que cada analista tem seus próprios métodos para investir. Porém, os indicadores trazidos na análise técnica ajudam o investidor a ter mais segurança na hora de investir. 

Neste artigo, você vai entender o que é análise técnica, como usar, como avaliar o gráfico, será uma imersão completa. Confira. 

O que é análise técnica?

Análise técnica é o estudo de gráficos, é considerada uma disciplina de trading na qual você avalia uma oportunidade na bolsa de valores através da análise de tendências do ativo.

Essas tendências são criadas a partir de atividade de negociação, tal como movimentos de preço e volume.

Ou seja, os analistas técnicos, ou grafistas, se baseiam em informações contidas nos gráficos para tomar decisões de compra ou venda.

Para que serve a análise técnica? 

A análise técnica exerce o papel de identificar as tendências do mercado de ações.

Proponho deixarmos uma coisa muito clara aqui, não será possível prever ou acertar 100% o mercado com essa análise. 

Você usará análise técnica para identificar possíveis oportunidades de entrada (compra) ou saída (venda) no mercado de ações. 

Até porque o que é importante aqui, além do preço ou se vai cair ou subir, é saber qual ação você tomará quando isso acontecer. 

Para fazer suas análises e salvar em um único lugar, conheça o OpLab.

Quais são as tendências que um ativo pode ter na análise técnica?

Existe três tendências que um ativo pode ter:

  • Alta (bull/touro), conhecida como acumulação, você reconhece essa característica por um gráfico com topos e fundos ascendentes.
  • Baixa (bear/urso), conhecida como distribuição, é bem simples, essa característica é reconhecida quando os topos e fundos estão cada vez mais baixos.
  • Lateralização, essa característica é quando o papel anda de lado (popularmente dizendo), é a oscilação dentro de uma escala que nem sobe e nem cai, ficam por igual. 

Quais são os indicadores de Análise Técnica?

Os indicadores populares da análise técnica incluem médias móveis, bandas bollinger, indicadores de volatilidade, padrões de preço, entre outros.

Bem, e agora que você já sabe o que é análise técnica, para que serve e seus diferenciais, vamos falar dos seus indicadores.

Primeiramente, vale lembrar que esses indicadores são apenas exemplos, e não regras, você escolhe como vai usar para tomar suas decisões. 

A análise técnica é muito pessoal, portanto cada analista terá seus próprios indicadores de preferência.

Da mesma forma, um gestor quant/fundamentalista terá sua própria tese e seus próprios modelos quantitativos.

Dito isso, os indicadores mais populares na análise técnica são:

  • Ação e padrões dos preços
  • Volume e indicadores de tendência
  • Indicadores técnicos
  • Médias móveis
  • Níveis de suporte e resistência

Abordaremos cada um deles.

Ação e padrões dos preços

A ação dos preços nada mais é do que visualizar os padrões de preço que estão se formando, e a direção-geral na qual o preço do ativo está se direcionando.

Os gráficos de velas (candlesticks) mostram a força por trás das velas, que se traduz na força dos preços.

Ademais, você pode escolher o intervalo de tempo no qual está visualizando essas informações.

Você pode observar os preços num intervalo diário, semanal, mensal ou até mesmo a cada 5 minutos, ou 30 minutos.

Volume e indicadores de tendência na análise técnica

Quando você olha para o volume de uma ação, você consegue ter uma ideia do tamanho da força de negociação.

Ademais, você consegue ver se a força dos movimentos está vindo da venda ou da compra.

Portanto, o volume é um indicador muito olhado.

Além disso, outro aspecto importante é a formação de tendências.

Ou seja, à medida que os preços vão se formando, você consegue identificar se o ativo está em tendência de alta ou de baixa.

Indicadores técnicos na análise técnica

Quando você analisa um gráfico, você pode incluir indicadores específicos para medir determinados elementos.

Por exemplo, muitos traders usam indicadores como RSI (Relative Strengh Index), que em português se chama IFR (Índice de Força Relativa), o MACD, ou indicador estocástico.

Existem dezenas de indicadores que os analistas técnicos usam, e que podem ser configurados de acordo com a estratégia de cada pessoa.

Médias móveis na análise técnica

Outro aspecto interessante para os gráficos é que você pode usar médias móveis.

Esse indicador consiste em formar linhas que representam a média dos valores de fechamento de um determinado número de velas (candles).

Por exemplo, você pode escolher a média móvel de 9 períodos (9 candles), ou 50 períodos (50 candles), entre várias outras.

Portanto, dependendo do intervalo de tempo que você está avaliando, as médias móveis podem apresentar formas diferentes.

Suportes e resistências na análise técnica

Suportes e resistências são uma forma de você poder visualizar algumas zonas estratégicas para a ação dos preços.

Por exemplo, se em algum momento a cotação de um ativo ficou bastante tempo em determinado preço sem subir, isso pode ser considerado uma resistência.

Porém, se esse nível de preço é rompido, muitos traders entendem que agora esse nível que foi rompido se torna um nível de suporte.

Ademais, o interessante é que você pode ter diversos níveis de suporte e resistência.

E isso varia muito de pessoa para pessoa. Nem todos os traders olham os mesmos níveis de suporte e resistência.

Não existe regra. Vai de cada um.

Entenda os gráficos da análise técnica. 

Gráfico de linhas

O gráfico de linha é o mais simples e o mais comum no mercado, até mesmo fora da análise técnica.

Gráfico de linhas

Na imagem acima, você pode observar a linha juntando os valores do preço de fechamento em cada um dos dias do ativo objeto. As datas são mostradas no eixo X, enquanto os valores são mostrados no eixo Y.

Gráfico de barras

O gráfico de barras é uma evolução do gráfico de linhas e fornece muito mais informação ao investidor. Ele não apenas liga os preços de fechamento de uma ação, mas informa também como foi o movimento de uma ação num determinado dia ou período de tempo.

Ou seja, os preços de abertura, fechamento, máxima e mínima do dia. É bastante utilizado por investidores mais antigos, mas hoje em dia, a predominância é do gráfico de candle que veremos a seguir.

Grafico de barra

Gráfico de candlestick

E o gráfico de candlestick, além de mostrar todas as informações de abertura, fechamento, máxima e mínima do dia, eles também dão destaque para as distâncias entre cada um destes valores, permitindo uma análise com os padrões de candlesticks.

Este modelo de gráfico foi desenvolvido lá no Japão, durante o século XVIII. O retângulo do candlestick é chamado de “corpo” enquanto que as linhas verticais são chamadas de “sombras”.

O topo da sombra marca a máxima e a base a mínima do período, enquanto o topo do corpo marca a abertura, enquanto a base marca o fechamento do candlestick.

Gráfico de candlestick

Diferença entre análise técnica e análise fundamentalista. 

É importante fazer a distinção entre análise técnica e análise fundamentalista. Análise fundamentalista é um método que avalia empresas de acordo com fatores qualitativos e também com métricas financeiras. Já a análise técnica se baseia em padrões de preço, por candlesticks. 

Ademais, se você faz análise fundamentalista, você geralmente olhará métricas financeiras que podem ser encontradas nos balanços das empresas, como, por exemplo, lucro por ação, receitas, entre outras.

Portanto, a análise fundamentalista enxerga a empresa na totalidade.

Já na análise técnica os analistas técnicos, também conhecidos como “grafistas”, usam indicadores de gráficos para tomar decisões de compra e venda de ações.

Alguns desses indicadores incluem médias móveis, bandas de bollinger, ação dos preços, volume, entre outras.

A ideia por trás da análise técnica é de que toda a informação necessária para você tomar sua decisão está contida no gráfico.

Por exemplo, se houver um problema na empresa, como uma expectativa de perda de lucro, ou de algum evento antecipado, isso estará refletido no preço da empresa.

Se combinada com análise quantitativa ou análise fundamentalista, a análise técnica pode ser interessante para que você escolha níveis de preço específicos para entrar ou sair de posições.

Desvantagens na análise técnica

Uma das principais limitações da análise técnica é que ela é muito especulativa e nem sempre seus padrões funcionam.

Bem, você deve estar pensando que agora já conhece o tipo de análise que vai te ajudar a lucrar na bolsa.

Calma, não é bem assim.

Na realidade, a análise técnica tem muitas limitações que você precisa saber.

Primeiramente, é importante que você saiba que nem sempre os padrões funcionam.

Ou seja, muito frequentemente você verá padrões se quebrarem ao fazer análise técnica.

Portanto, tome cuidado ao achar que só porque um padrão se confirmou uma vez, ele funcionará sempre. Isso nem sempre acontece.

Em segundo lugar, a análise técnica é muito mais especulativa do que a análise fundamentalista. Afinal, você está tomando decisões muitas vezes de curto prazo, sem base em fundamentos de empresas.

Portanto, você precisa entender o seu objetivo antes de usar análise técnica. Seja ele fazer operações de curto prazo, especular, ou montar uma carteira de investimentos para o longo prazo.

Afinal, qual o objetivo da análise técnica?

O objetivo da análise técnica é entender padrões gráficos para lucrar.

Portanto, vamos falar dos objetivos dela para seus usuários.

Primeiramente, muitos traders usam análise técnica para fazer operações de curto prazo (day trade, swing trade).

Ademais, muitos traders olham para o volume de negociação para entender a força da ação dos preços de uma ação, e qual a tendência (direção-geral dos preços).

Portanto, você pode usar análise técnica para qualquer ativo que tenha um histórico de preços e negociação na bolsa.

Ou seja, análise técnica pode ser usada para ações, commodities, moedas, futuros, entre outros.

Ademais, análise técnica parte da premissa que você pode usar informação de preços passados para imaginar possíveis preços futuros.

Portanto, você precisa determinar o seu objetivo: você é investidor buy and hold? Trader? Gestor?

A maioria dos traders de varejo (trader individual) usa apenas análise técnica para tomar decisões.

Porém, gestores institucionais têm tendência a combinar análise técnica com análise macroeconômica e análise quantitativa.

Onde fazer a análise técnica? [Plataforma de análise técnica]

Você pode usar análise técnica no OpLab, pois essa plataforma possui diversos indicadores e funcionalidades para essa modalidade.

Hoje em dia existem diversos provedores de gráficos que permitem que você possa fazer análise técnica.

Além disso, em sites de notícias especializadas em negócios e mercado financeiro, é possível ver informações sobre análise de gráficos.

Porém, nada melhor do que uma plataforma completa para você poder acessar todos esses dados importantes e ter acesso a gráficos de qualidade. Né?

No Brasil, a OpLab é a melhor ferramenta para você fazer gestão de carteira de investimentos.

Ou seja, você pode incluir diversas classes de ativos na sua carteira: ações, opções e fundos imobiliários.

Você pode ver o seu gráfico de payoff e cotações em tempo real.

Se você quer uma plataforma para operar opções, comprar ações, ou simplesmente fazer gestão de portfólio, a OpLab é a solução ideal para você.

Na ferramenta OpLab, além de tudo, você agora tem a seção de rankings que permite que você veja as empresas mais interessantes de acordo com diversos tipos de indicadores e métricas.

Você tem indicadores fundamentalistas de volume e tendências.

Além disso, na OpLab você tem acesso aos gráficos de todos os ativos com o indicador exclusivo de volatilidade, onde você pode adicionar os indicadores que achar mais relevantes.

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Se você quer ir mais fundo na análise técnica, conheça a sua história. 

TEORIA DE DOW: a base da análise técnica 

História da análise técnica

A análise técnica tem seus primórdios com Charles Down. Aperta o cinto pois vamos voltar no tempo!

Não sei se você já ouviu falar de Charles Dow, mas esse nome fez história no mercado financeiro.

Charles Dow

Charles Dow foi o precursor da análise técnica como a conhecemos hoje, e desenvolveu sua teoria chamada Dow Theory, no século 19.

Ademais, Charles Dow foi o fundador do jornal The Wall Street Journal, e foi o criador do índice Dow Jones Industrial.

Portanto, Charles Dow abriu as portas para a análise técnica. Seu trabalho consistia no seguinte.

Ele anotava os preços máximos e mínimos do seu índice diariamente, semanalmente e mensalmente.

Ademais, ele correlacionava padrões com os movimentos do mercado, e depois escrevia artigos no seu jornal para reforçar que seus padrões ajudaram a entender movimentos do mercado.

Você deve estar pensando que é simples, mas calma. Lembre-se de que não existem certezas no mercado financeiro.

Ou seja, na bolsa de valores você nunca terá nenhuma garantia. Padrões podem, ou não, funcionar.

Porém, Dow não foi o único responsável pelo sucesso da teoria que levava seu nome.

Nomes como William P. Hamilton, Robert Rhea e Edson Gould foram pessoas muito importantes para o desenvolvimento da Dow Theory.

William P. Hamilton

Hamilton contribuiu muito para o avanço da Dow Theory, ou Teoria de Dow.

Ou seja, ele aprimorou a teoria existente, pegando informações das ações dos setores industrial e ferroviário para reforçar tendências de alta e tendências de baixa dos preços.

Você já deve ter ouvido os termos “bullish” ou “bearish” quando alguém fala de bolsa de valores.

O termo “bullish” vem do fato que o touro chifra de baixo para cima.

Ou seja, os preços que sobem são considerados “bullish”.

Já no caso de “bearish”, o termo foi implementado pelo fato de que o urso bate de cima para baixo.

Portanto, os preços que caem são considerados “bearish”.

Bem, agora você já sabe de onde vieram esses termos. Sim, são bem antigos!

Ou seja, com os movimentos de preço que Hamilton analisava, ele determinava as tendências do mercado através das ações que compunham os índices.

Ademais, Hamilton inclusive havia alertado para um possível crash da bolsa em 1929, antes do evento acontecer.

Robert Rhea

Robert Rhea foi o que colocou tudo em prática.

Em 1932 ele escreveu seu livro “The Dow Theory” no qual ele falava sobre como usar as tendências e os indicadores para entrar comprado ou vendido nas ações.

Ademais, Rhea se destacou por usar a teoria com sucesso para identificar topos e fundos do mercado.

Além disso, Rhea tinha uma carta de investimentos e suas assinaturas cresceram muito cada vez que ele acertava suas previsões.

Edson Gould

Edson Gould foi talvez o especulador que obteve maior sucesso com a teoria de Dow.

Gould tinha uma newsletter na qual ele fazia previsões e recomendações de compra e venda de ações. A maioria delas, acertadas.

Gould foi o pioneiro no uso de gráficos para a análise técnica.

Portanto, Edson Gould contribuiu muito para a análise técnica, principalmente no que diz respeito a indicadores gráficos.

Conclusão

Hoje você aprendeu sobre análise técnica e entendeu como ela pode ser útil.

Ademais, é importante também você entender que a análise técnica pode não fazer sentido se você não souber como interpretá-la.

Se você gosta de análise técnica, me conta qual é o seu indicador favorito e qual a sua filosofia no mercado financeiro.

E aproveita e encaminha esse artigo para algum(a) amigo(a) que se interessa por análise técnica.

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