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Quais as principais ações para investir em opções?

Muitos iniciantes costumam ter dúvidas sobre quais são as principais ações para se investir em opções. 

A verdade é que tudo isso é relativo, e depende do seu objetivo. No entanto, existe um ponto fundamental que você precisa ter em mente ao usar opções: quanto maior a liquidez, melhor. 

Vamos explicar isso mais a fundo no artigo de hoje.

A função das ações para o investidor

Quero começar falando do mercado acionário, para que você entenda o raciocínio por trás das escolhas no mercado de Opções. 

Primeiramente, quero que você entenda que as ações nada mais são do que pedaços de empresas. Ou seja, é como se tivéssemos uma pizza (a empresa), e cada pedaço fosse uma ação da empresa.

Portanto, quanto mais pedaços da pizza você tiver, mais “dono” dessa pizza você é. Da mesma forma, quanto mais ações de uma empresa você tiver, maior a sua participação acionária na empresa.

Além de contribuir para os acionistas, as ações também permitem que a empresa possa se financiar por meio do capital público. Quando uma empresa faz uma oferta inicial de suas ações ao público, chamamos isso de IPO (initial public offering – oferta pública inicial). 

Isso permite que uma empresa consiga o capital necessário para investir em projetos de expansão, tecnologia, entre outros. 

Porém, uma vez que as ações foram vendidas ao público no IPO (mercado primário), a empresa já não tem mais benefício direto nas negociações do dia a dia. Isso porque as negociações do dia a dia ocorrem no mercado secundário (investidores trocando as ações de mãos entre si). 

Portanto é aqui que quero que você preste bem atenção: nessas compras e vendas de ações que acontecem no dia a dia no mercado secundário só podem ocorrer facilmente se houver liquidez. Ou seja, se houver bastante volume de compra e venda – volume de negociação.

Como entender o volume de negociação?

Vamos entender aqui a importância da liquidez. 

Primeiramente, quero te contar uma história para ilustrar esse conceito. 

Imagine que você está no cinema assistindo aquele filme que você tanto queria. Começa o trailer, e você está lá super feliz com sua pipoca e refrigerante, esperando que o filme comece. 

Finalmente, as luzes se apagam e o filme começa. Tudo está muito agradável, e o filme é melhor do que você imaginava. Portanto, você está super feliz. 

No entanto, mais ou menos na metade do filme as luzes de emergência se acendem. Parece que alguém acidentalmente causou um incêndio e a sala precisa ser evacuada imediatamente. Porém, eis o problema: o cinema está lotado e as 300 pessoas querem sair da sala ao mesmo tempo.

Mas, só existe uma porta de saída, e ela não permite que as 300 pessoas saiam ao mesmo tempo. Ou seja, a situação se complica e as pessoas começam a se empurrar para saírem o quanto antes.  

Já sei…você deve estar se perguntando qual é a relação do cinema com o mercado acionário e porque estou te contando tudo isso. Bem, este é exatamente o retrato do mercado acionário.

Se você compra uma ação com baixa liquidez, pode ser difícil passar pela porta de saída quando você quiser vender as ações. E é por isso que muitas empresas são inacessíveis para grandes fundos de investimento, pois o volume de negociação é tão baixo que se o fundo comprar ou vender, ele faz o preço da ação oscilar drasticamente. 

Portanto, a lição aqui é que quanto maior o volume de negociação, mais facilmente você conseguirá entrar e sair das suas posições. 

E este é o conceito de liquidez. Quanto maior o volume de negociação, maior a liquidez.

A função das Opções

Vamos agora entender a função das opções para os investidores.


Primeiramente, quero que você entenda que as opções são contratos derivados de um ativo-objeto (neste caso, falaremos de ações). Portanto, opções são derivativos. 

Em segundo lugar, as opções podem servir tanto para te proteger em uma eventual queda das suas ações, como podem servir para você especular na alta de algum ativo. Ou seja, as opções podem ser instrumentos poderosos para complementar a sua estratégia de investimentos. 

Ademais, como explicamos na seção anterior, a porta de entrada e saída do cinema é super importante para a segurança de todas as pessoas que estão dentro do cinema. Ou seja, as suas opções precisam ter liquidez.

O conceito aqui é básico: para montar as suas estratégias você sempre vai olhar para o bid e o ask, que você pode encontrar na tela de análise e simulação da OpLab. 

Ou seja, se você pegar opções com baixa liquidez, pode ser que você não consiga montar a sua estratégia, ou pode ser que a porta de saída seja muito estreita, e às vezes até inexistente. 

Portanto, para que você consiga se proteger nos seus investimentos, você precisa escolher opções que tenham um alto volume de contratos sendo negociados (em inglês isso é chamado de Open Interest). 

E isso acontece com opções que estão atreladas a ações com um alto volume de negociação (muitos investidores comprando e vendendo). 

Em regra geral, algumas empresas inclusive fazem os chamados splits (desdobramentos) quando os preços de suas ações ficam muito altas, justamente para incentivar mais investidores a poderem comprar e aumentar a liquidez. 

E vale lembrar que embora o desdobramento não deixa os fundamentos de uma ação mais barata, eles permitem que o preço dela fique mais baixo, o que facilita a entrada de investidores menores. Ou seja, a porta de entrada do cinema aumenta. 

Nos últimos anos vimos uma onda de empresas de tecnologia fazerem desdobramentos para aumentar a sua liquidez: Magazine Luiza, Apple, Google, Amazon, entre outras. 

Portanto, escolha opções de ações que tenham boa liquidez. 

Como determinar se um ativo tem boa liquidez?

Muitos iniciantes não sabem como determinar se um ativo tem boa liquidez. 

Portanto, quero voltar ao que eu disse sobre a tela de análise da ferramenta OpLab.

Quando você estiver na visão da grade de opções, você poderá ver o bid e o ask.

Ou seja, qual é o preço pelo qual os compradores estão dispostos a comprar e qual é o preço pelo qual os vendedores estão dispostos a vender. A diferença entre estes dois valores é chamada de “spread”.

E aqui vem o ponto chave: quanto mais próximos os 2 números de bid/ask, mais apertado é o spread daquele contrato, e mais líquida é aquela opção. Por exemplo, se você está olhando uma call e vê que o bid é 1,08 e o ask é 1,09 então esse contrato tem boa liquidez.

No entanto, se você vê que uma opção tem bid de 1,08 e ask de 1,22 então a liquidez já não é tão boa. 

Portanto, a OpLab te ajuda a ter uma visão da liquidez de uma opção e dos impactos nos seus custos de transação, caso você tentasse negociar opções com baixa liquidez. 

E isso é extremamente importante pois se você estiver negociando opções com um spread grande do bid/ask, seus custos podem aumentar significativamente. 

Quais são as opções mais líquidas da bolsa brasileira?


Mas afinal, quais são as opções mais líquidas da bolsa? 

Bem, para descobrir isso você precisa voltar ao conceito inicial do qual falamos: as opções mais líquidas estarão atreladas às ações mais líquidas.

Na OpLab você consegue ver a lista das opções e ações mais negociadas na tela de Monitor de mercado. Em regra geral, as empresas com maiores níveis de liquidez na bolsa são Petrobrás (PETR4) e Vale (VALE3).

No entanto, existem outras empresas com alta liquidez que você pode escolher para suas estratégias de opções. Por exemplo, no setor bancário as opções mais negociadas são as opções de Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3). 

Já no setor de varejo, as empresas mais negociadas são Via Varejo (VVAR3) e Magazine Luiza (MGLU3). 

Ademais, um outro setor bem quente para os operadores de opções é o setor de bens de consumo, onde as opções mais negociadas são de empresas como JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Ambev (ABEV3). 

Ademais, como o Brasil é um país altamente dependente de commodities, você pode negociar opções líquidas de empresas desse setor. Os principais nomes incluem empresas como Suzano (SUZB3), Usiminas (USIM5), Gerdau (GGBR4), entre outras. E isso incluindo Petrobrás e Vale, das quais já falamos. 

No entanto, é importante lembrar que o mercado brasileiro ainda é embrionário se comparado com o mercado americano onde a liquidez é assombrosamente maior. Inclusive, um fato curioso é que até 2010 não existia put (contrato de opção de venda) no Brasil, pois a liquidez era muito pequena. 

Portanto, durante muitos anos (principalmente nos anos 80) as únicas ações que tinham liquidez para derivativos eram Petrobrás e Vale. Mas, como você pôde ver pelos nomes que listei acima, o mercado brasileiro de opções tem evoluído bastante nos últimos anos.

E muito disso se dá ao fato de que o mercado financeiro tem atraído cada vez mais investidores, e com isso também cresceu o interesse pelos mercados de derivativos – opções e contratos futuros. 

Quais são os riscos de operar opções sem liquidez?

Agora quero te contar quais são os riscos de operar opções sem liquidez.

Primeiramente, como falamos, o tamanho da porta de saída é fundamental para que você possa entrar e sair de posições com facilidade.

Portanto, se uma opção tem baixa liquidez, provavelmente o spread do bid/ask vai ser grande. Ou seja, você estará correndo o risco de não conseguir sair da sua posição. Ou se conseguir sair, provavelmente não será pelo preço que você gostaria.

Pense comigo, se você quer comprar uma TV e você vai em apenas uma loja, você terá apenas uma pessoa com quem negociar. No entanto, se você visitar 4 ou 5 lojas diferentes, você terá mais chances de conseguir comprar a TV pelo preço que quiser.

Já no caso da venda é a mesma coisa. Se você falar com apenas um potencial comprador, você dependerá exclusivamente da oferta que ele(ela) fizer. Mas, se conseguir fazer com que mais pessoas se interessem, você forma um mercado e consegue ter mais poder de negociação.

Ou seja, quanto mais pessoas interessadas na negociação, melhor. E isso vale tanto para uma TV quanto para uma ação ou uma opção. Se você tiver uma ponta vendida na sua estratégia de opções e estiver negociando um contrato com baixa liquidez, isso pode se tornar um grande problema. 

Ou seja, operar opções com baixa liquidez seria se expor a um contexto de concavidade, como diz Nassim Taleb.

Qual plataforma usar para operar opções?

Hoje em dia existem diversos sites de análise de dados de mercado. 

Porém, nada melhor do que uma plataforma para você poder acessar todos esses dados enquanto escolhe seus investimentos e prepara suas operações. 

No Brasil, a OpLab é a melhor plataforma para operar opções e enviar ordens; você pode ver o seu gráfico de payoff e cotações em tempo real. Essa ferramenta também é perfeita para gestão de portfólio. 

Ou seja, você pode incluir diversas classes de ativos na sua carteira: ações, opções, renda fixa e fundos imobiliários. Na plataforma OpLab você tem a seção de indicadores fundamentalistas que permite que você veja dados financeiros das empresas. 

Ademais, você tem book de ofertas, indicadores técnicos, indicadores estatísticos, tela de pozinhos em tempo real, simulador de opções, etc.

Portanto, ao usar a OpLab você poderá escolher as opções com maior liquidez para operar de forma mais segura, pois você terá a visão do spread graças ao bid/ask. 

Conclusão

Como vimos hoje, você precisa ter um método para escolher as opções que quer operar. Como já demonstramos, uma boa empresa não é necessariamente um bom investimento. 

E isso fica claro com opções também – não é por que você gosta de uma empresa que ela terá boas opções para operar. O conceito principal é a liquidez, pois é aí que você consegue entender se uma opção te permite entrar e sair facilmente de operações.

Portanto, no Brasil temos diversos exemplos de empresas com grande volume de negociação que possuem opções com alto volume de contratos sendo negociados diariamente. 

Ou seja, lembre-se sempre de olhar o spread do bid e ask para entender a liquidez daquela determinada opção e o quanto isso impactaria no seu custo de montagem/desmontagem da operação.
Se você gostou desse artigo compartilhe em suas redes sociais e marque a OpLab!
Até a próxima. 

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