Essa semana vamos falar de um tema que gera bastante dúvida para muita gente: investir em opções.
Em mercados super eufóricos e aquecidos é muito comum escutar histórias de pessoas que ganharam bastante dinheiro, geralmente de forma rápida, com estratégias que parecem complexas.
Afinal, quem nunca ouviu falar de algum amigo ou conhecido que ganhou dinheiro com mercados futuros ou com opções?
Pois bem, hoje vamos falar de opções e a quem este mercado se destina.
O que são Opções?
Primeiramente, é importante dar um passo atrás e entender o que são opções, principalmente se você é um iniciante.
Quando falamos de opções, estamos falando de derivativos. Ou seja, se trata de um instrumento financeiro que deriva de um outro ativo.
Por exemplo, em regra geral, a maioria dos ativos derivados são ações. Ademais, é importante que você saiba que opções funcionam através de contratos.
Isso mesmo, é como qualquer tipo de contrato, onde você tem duas partes que entram num acordo. No entanto, acontece que neste caso o acordo é relacionado ao preço do ativo subjacente.
Portanto, quando você quer operar opções, você tem dois tipos de contratos padrão: as calls (opções de compra) e as puts (opções de venda). Vamos exemplificar.
Se você compra uma call, você tem o direito, mas não a obrigação, de comprar um determinado ativo por um preço específico. Chamamos esse preço de strike. E tudo isso acontece dentro de um prazo predeterminado.
Da mesma forma, se você compra uma put, você tem o direito, mas não a obrigação, de vender um determinado ativo por um preço específico. Novamente, dentro de um prazo já determinado.
Por outro lado, se você vender uma call ou uma put, você tem a obrigação de honrar o que foi combinado. Mas, o que isso quer dizer? Bem, quer dizer que se o titular decidir exercer seu direito de opção, você precisará entregar suas ações.
Logo, cada contrato tem uma data de vencimento própria até a qual o titular (detentor do contrato) pode exercer seu direito. Ou seja, exercer sua opção.
Para que servem as opções?
Primeiramente, por mais mirabolante e inovadoras que pareçam, as opções existem há muito tempo. Sim, há milênios.
Desde a Grécia Antiga, as opções vêm sendo usadas para várias finalidades. A principal delas, o hedge.
Ou seja, as opções começaram a ser utilizadas como instrumentos defensivos para se proteger de eventuais situações desfavoráveis.
Vamos à um exemplo prático: imagine que você é um empresário que está preocupado com a inflação de preços e quer se proteger. Se você precisa usar alguma commodity como matéria-prima, qualquer aumento no preço pode impactar sua margem operacional.
Portanto, você poderia fazer um hedge comprando uma call como proteção, pois você imagina que o preço da commodity vai subir.
Ademais, o mesmo pode se aplicar a outros tipos de ativos como moedas (forex). Principalmente em países emergentes como o Brasil, que estão sempre vulneráveis à valorização do dólar, é possível fazer contratos de opções.
Esses contratos em geral servem para se proteger do fortalecimento do dólar perante a moeda local.
Por outro lado, as opções também podem ser usadas para fins especulativos, como apostar na direção e tendência de um ativo.
Ou seja, se você pensa que algum ativo pode se valorizar, você pode comprar uma call para aproveitar o movimento de alta. Da mesma forma, se você pensa que um ativo pode cair de preço, você pode comprar uma put.
Portanto, as opções são instrumentos financeiros versáteis que permitem tanto a proteção quanto a valorização de patrimônio.
Qual é o capital mínimo para investir em opções?
Você já ouviu aqueles ditados de casos em que a maior vantagem de alguma coisa também acaba sendo o seu maior perigo?
Bem, com o mercado de opções não é diferente. Isso porque você pode investir em opções com pouco dinheiro, e se fizer estratégias bem pensadas, pode obter lucros exponenciais.
Existem as opções chamadas “pozinhos” que são opções muito baratas que tem pouca probabilidade de chegar no preço strike até a data do vencimento. Chamamos isso de opções “bem fora do dinheiro” (ou em inglês, Out Of The Money).
Portanto, por serem opções que estão distantes do dinheiro e com pouca probabilidade de entrar no dinheiro (dentro do preço do strike), seu preço é muito baixo. Às vezes, custam centavos!
E é aqui que vem o elemento sedutor: de vez em quando podemos ter eventos que podem dar uma chacoalhada na bolsa de valores fazendo com que essas opções se valorizem muito, o que pode trazer muitos ganhos.
Mas calma, nem tudo é alegria o tempo todo. Pense que, da mesma forma que os lucros podem ser exponenciais se você fizer uma estratégia boa, as perdas também podem ser exponenciais se você não souber o que está fazendo.
Ou seja, estude bastante antes de tomar qualquer atitude no mercado de opções.
Quem pode investir em opções?
Primeiramente, vale a pena ressaltar que de alguns anos para cá a bolsa de valores se tornou um lugar cada vez mais receptivo para novos investidores.
Ou seja, os investimentos foram democratizados para o grande público. Pois é, vale lembrar que até pouco tempo atrás, tínhamos menos de 1 milhão de CPFs na bolsa de valores.
No entanto, já em Janeiro de 2022 a B3 contava com mais de 5 milhões de CPFs na bolsa. Isso mostra que cada vez mais pessoas físicas começaram a investir num lugar que era majoritariamente dominado por investidores institucionais (fundos de investimento, investidores qualificados, etc.).
Hoje, qualquer pessoa pode abrir uma conta numa corretora e fazer seus investimentos, inclusive no mercado de opções.
Porém, conforme já falamos, é imprescindível saber o que está fazendo. Por isso recomendo que você assista aos vídeos do curso da OpLab, vídeos tutoriais, lives de Youtube e demais artigos deste blog. Dessa forma você não estará sozinho.
Ademais, um fato interessante é que as opções começaram a atrair um maior público somente de alguns anos para cá. Afinal, por ser uma pequena porção do mercado acionário, sua liquidez era limitada.
Na realidade, havia tão pouca liquidez, que em 2008 ainda não existiam puts (contratos de venda) na bolsa brasileira. Na época, as poucas ações que tinham liquidez eram Petrobrás, Vale e Bradesco.
No entanto, hoje o mercado está crescendo.
Inclusive, ferramentas como a OpLab estão permitindo que cada vez mais investidores operem de forma segura, com uma interface user-friendly que permite que você também faça gestão de portfólio.
Portanto, qualquer pessoa pode investir em opções. Mas quanto mais preparada essa pessoa estiver, menos ela irá se expor a riscos de perda significativa (ou até permanente) de capital.
Quem investe em opções na bolsa de valores?
Na bolsa de valores, muitos agentes usam opções, desde pequenos investidores a grandes fundos.
Por exemplo, em Março de 2020, o bilionário americano Bill Ackman comprou puts (contrato de venda de opções) no valor de 38 milhões de dólares, que em apenas 30 dias se tornaram 2,6 bilhões de dólares.
Isso é exponencial, portanto, você deve estar se perguntando como ele fez isso. A sua tese era simples: se os mercados caíssem, suas puts se valorizariam e ele lucraria.
Ou seja, Bill Ackman comprou essas puts para apostar CONTRA o mercado acionário, apostando que a bolsa ia cair. E, de fato, foi o que aconteceu.
No entanto, vale lembrar que 38 milhões era um valor minúsculo para Bill, já que seu fundo tem mais de 12 bilhões de dólares em ativos sob custódia. Ou seja, essa operação funcionou tanto como um hedge quanto como uma especulação.
Ademais, como a queda foi vertiginosa e ocorreu muito rápido, a operação gerou lucros exponenciais.
Outro caso muito interessante e similar ocorreu antes da crise de 2008 quando Michael Burry lucrou com apostas contra o mercado imobiliário.
Ademais, conforme detalharemos a seguir, muitos pequenos investidores (e também investidores iniciantes) usam opções no seu dia a dia para lucrar e proteger patrimônio. Porém, às vezes a euforia toma conta das pessoas e causa prejuízos.
Exageros e loucuras no mercado de opções
De tempos em tempos a euforia toma conta dos mercados de alta e faz com que a tolerância a risco das pessoas aumente de forma perigosa.
E não precisamos nem voltar muito longe no tempo para encontrar exemplos. Em 2020 e 2021, durante o isolamento, muitas pessoas ao redor do mundo usaram parte dos cheques de estímulos dos governos para especular na bolsa de valores.
Sim, digo especular, pois a maioria desses novos entrantes não tinham ideia do que estavam fazendo. Pessoas que antes tinham dinheiro na poupança, do dia para a noite começaram a operar derivativos.
Ademais, como estávamos num bull market, qualquer ação subia. Então muitas pessoas ganharam muito dinheiro comprando calls, como foi o caso durante a especulação desenfreada sobre ações da empresa americana GameStop nos Estados Unidos.
Por exemplo, existem casos de pessoas que disseram ter comprado calls de 10 mil dólares de GameStop que se tornaram milhões em apenas alguns dias, dado o rally absurdo dessa ação (proveniente de um short-squeeze). E como havia muitos iniciantes envolvidos, isso inflou egos e eliminou ainda mais a aversão ao risco.
Porém, como já falamos anteriormente, nem tudo é alegria. Muitos iniciantes não entendem o conceito de alavancagem (dinheiro emprestado). Algumas estratégias de opções permitem que você tome dinheiro emprestado, e se a sua estratégia der errado, você corre risco de ter um prejuízo ilimitado.
No final de 2020 um caso chamou a atenção do mundo: um garoto de 17 anos havia acabado de criar uma conta numa corretora e fez uma estratégia de venda de calls.
Exemplo:
Para contextualizar, imagine que se você COMPRA uma call, você quer que um ativo suba de preço. Nesse caso, o seu maior risco é que o ativo vá para zero, caso aconteça você perde somente o que você investiu.
Porém, se você VENDE uma call, você quer que o preço do ativo caia. E é aí que mora o risco, pois teoricamente o preço de uma ação pode subir infinitamente, o que te expõe a um risco ilimitado.
Voltando ao garoto de 17 anos, ele havia vendido uma call, e o ativo disparou. Em 2 dias ele estava com uma perda de mais de 700 mil dólares (dinheiro que ele não tinha, pois estava alavancado).
Portanto, antes de operar, faça suas simulações no gráfico de payoff da OpLab para ver se você está numa situação de convexidade (muito a ganhar e pouco a perder) ou concavidade (muito a perder e pouco a ganhar).
Qual plataforma usar para operar e investir em Opções
Hoje em dia existem diversos sites de análise de dados de mercado.
Porém, nada melhor do que uma plataforma para você poder acessar todos esses dados enquanto escolhe seus investimentos e prepara suas operações.
No Brasil, a OpLab é a melhor plataforma para operar opções e enviar ordens; você pode ver o seu gráfico de payoff e cotações em tempo real. Essa ferramenta também é perfeita para gestão de portfólio.
Ou seja, você pode incluir diversas classes de ativos na sua carteira: ações, opções e fundos imobiliários. Na plataforma OpLab você tem a seção de indicadores fundamentalistas que permite que você veja dados financeiros das empresas.
Ademais, você tem book de ofertas, indicadores técnicos, indicadores estatísticos, tela de pozinhos em tempo real, simulador de opções, etc.
Conclusão
Muito bem, no artigo de hoje entendemos que as opções são instrumentos financeiros muito usados para hedge (proteção), bem como para apostar na tendência de um ativo, entre outras finalidades.
Ademais, o mercado de opções é muito acessível por permitir que você possa fazer estratégias com pouco dinheiro, que podem render muito dinheiro.
No entanto, tudo tem dois lados, e você precisa sempre lembrar de gerenciar os riscos em suas operações, para evitar que você sofra grandes perdas que te tirem do mercado.
Lembre-se sempre de que o mais importante para você como investidor deve ser preservar e proteger seu patrimônio de eventos imprevistos ou sistêmicos. Lucrar não deve sempre ser a principal motivação, pois ela pode induzir ao erro.
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Até a próxima!