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Tesouro Direto: o que é, como investir e onde investir 2023

Se você está aqui é porque quer saber como investir no tesouro direto.

Mas, afinal, você sabe o que é tesouro direto e como funciona esse investimento?

Esse é um tema importante pois, com o aumento progressivo da taxa Selic que vem ocorrendo desde o início de 2020, as pessoas têm tido um maior interesse nesse tipo de investimento.

Por isso, hoje vamos explicar o que é o tesouro direto, como funciona, como investir e por que investir.

Bora lá?

O que é tesouro direto? 

O Tesouro direto é um título público do governo brasileiro.

Foi instituído, em 2002, pelo Tesouro Nacional junto com a Bolsa de Valores.

É um investimento na modalidade renda fixa, destinado à captação de recursos para financiar ações governamentais nas áreas de Educação, Infraestrutura e Saúde.

O Tesouro Direto é um empréstimo que o cidadão faz ao governo, portanto é considerado um investimento de baixo risco, porque o setor público é o responsável pelo pagamento do título público. Isso faz com que a possibilidade de problemas seja mínima.

Da mesma maneira que o CDB, o Tesouro Direto conta com duas modalidades de aplicação. Nos títulos pré-fixados, o investidor já tem uma noção do que vai receber ao comprá-los.

Porém, essa alternativa só é interessante quando o cenário mostra que vai haver uma queda de juros, com base na taxa Selic.

No entanto, o pós-fixado tem relação com a Taxa Selic ou pode estar atrelado ao IPCA, índice adotado para medir a inflação.

Se houver estimativas de que os juros vão subir, essa aplicação vai produzir um bom retorno no longo prazo.

Embora haja uma data de vencimento, o investidor pode vender o título antes desse prazo ao Tesouro Nacional.

Caso esteja interessado nessa modalidade, é preciso se cadastrar no site do Tesouro Nacional.

Portanto, faça uma boa pesquisa para verificar se essa aplicação vai ser o melhor investimento e se vai atendê-lo de forma satisfatória.

Tipos de títulos públicos

Existem alguns tipos de títulos públicos que o investidor pode escolher para investir.

Porém, o primeiro passo é definir o horizonte de investimento e a estratégia do investidor. Lembre-se de que nem todos os títulos públicos tem a mesma duração, e nem todos tem o mesmo propósito.

Portanto, existem 3 grupos de títulos do Tesouro Direto: prefixado, pós-fixado e híbrido.

Vale ressaltar que existem diferenças entre esses grupos. Por exemplo, no prefixado, assim que você compra o título você já sabe exatamente o quanto vai receber de retorno no vencimento.

Porém, no caso de títulos pós-fixados, você só saberá o retorno no momento do seu resgate, uma vez que a taxa de retorno pode variar.

Ademais, no caso de títulos híbridos, o seu retorno terá uma parte definida no momento da compra, e o restante estará atrelado à variação da inflação.

Tesouro Direto Selic (LFT)

O Tesouro Direto Selic (LFT) é um título pós fixado que acompanha a variação da taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.

A sigla LFT se refere ao termo Letra Financeira do Tesouro, que era o nome do Tesouro Selic quando foi inicialmente criado.

A taxa Selic é definida pelo Banco Central a cada 45 dias.

Se você esteve prestando atenção nesse tema, deve ter percebido que ao longo de 2021 a taxa Selic foi aumentando.

Em junho de 2021 a taxa Selic está em 4,25%.

Portanto, o rendimento do tesouro Selic será o rendimento da Selic. Esse título tem liquidez (nível de negociação) diária, portanto, pode ser uma alocação interessante para reserva de emergência.

Ademais, o rendimento soma na sua aplicação a cada dia, portanto se você vender, não perderá dinheiro.

Ou seja, você receberá o retorno até aquela data.

Portanto, a rentabilidade é sempre positiva no título. Porém a rentabilidade real pode não ser, dependendo do nível da inflação.

Pegando o cenário atual (julho 2021) temos uma taxa Selic de 4,25% com uma inflação de 6%.

Nesse caso, como a inflação é maior do que a taxa na qual está atrelado o rendimento do título, o retorno real é negativo.

Tesouro Direto Prefixado (LTN)

O Tesouro prefixado te mostra o retorno já no momento da sua aplicação.
Ou seja, ao comprar o título, você já sabe exatamente o quanto receberá se mantiver o papel até a data do vencimento.

No entanto, se você quiser resgatar antes do prazo, você pode ganhar mais do que o esperado ou menos do que o esperado. Tudo isso dependerá da taxa de juros. Falaremos disso mais para frente.

Portanto, no caso do tesouro direto prefixado, a rentabilidade depende do momento do resgate. Esses títulos sofrem marcação a mercado. Mas falaremos disso mais pra frente.

A sigla LTN se refere ao nome do título quando foi inicialmente apresentado: Letra do Tesouro Nacional.

Tesouro direto prefixado com juros semestrais (NTN-F)

Com o Tesouro prefixado com juros semestrais, ou simplesmente NTN-F, você também sabe o retorno no dia do vencimento.

Entretanto, existe aqui uma diferença, visto que nesse título o investidor recebe um pagamento semestral de juros, chamado de cupom.

Se você conhece o mercado americano de renda fixa, seria o equivalente aos “bond coupons”.

Aqui você pode estar se perguntando se isso é algo bom ou ruim.
Primeiramente, vamos falar da parte boa. Você receberá um fluxo de caixa a cada 6 meses sem precisar vender o título.

Por outro lado, os impostos estarão sempre lá para pegar 22,5% de cada pagamento que você recebe.

Ou seja, cada vez que você receber um cupom com pagamento de juros semestrais, será automaticamente descontado esse imposto.

Esses títulos sofrem marcação a mercado. Mas falaremos disso mais pra frente.

A sigla NTN-F se refere ao nome do título quando foi inicialmente criado: Notas do Tesouro Nacional série F.

Tesouro Direto IPCA+ (NTN-B Principal):

O Tesouro IPCA é um título público de categoria híbrida, combinando uma parte do retorno prefixado com uma parte indexada ao IPCA.

O IPCA (índice de preços ao consumidor amplo) é o principal índice de inflação.

Ou seja, esse título te protege contra os efeitos corrosivos da inflação. Ademais, você receberá um rendimento prefixado.

Ou seja, com esse título, você nunca perderá dinheiro por conta da inflação.
Esses títulos sofrem marcação a mercado. Mas falaremos disso mais pra frente.

A sigla NTN-B principal significa Notas do Tesouro Nacional tipo B.

Tesouro Direto IPCA+ com juros semestrais (NTN-B):

O Tesouro Direto IPCA+ com juros semestrais também é um título híbrido. Nesse caso, assim como no Tesouro Direto IPCA+, você receberá uma parte já acordada e outra parte que te protege da inflação.

Porém, a diferença nesse caso é que você receberá juros semestrais, onde será pago o proporcional de remuneração combinada.

Nesse caso, você também será tributado em 22,5%, porém apenas no primeiro pagamento. Depois disso, o imposto seguirá a regra da tabela regressiva até 15% para os juros distribuídos depois de 720 dias.

Esses títulos sofrem marcação a mercado. Mas falaremos disso mais para frente.

Qual o valor mínimo para investir no tesouro direto?

O valor mínimo para investir no tesouro direto é R$ 30,00. Ou seja, é um valor bem acessível para o pequeno investidor.

Portanto, hoje você pode comprar frações de títulos. Vamos supor que um título custe R$ 5.000,00. Nesse caso você poderia comprar lotes de R$ 50,00 por exemplo.

Taxa de juros e rentabilidade dos títulos

Existe uma relação inversa entre o preço de um título e o seu rendimento. Por exemplo, se o rendimento de um título sobe, seu preço cai. E se o preço do título sobe, o rendimento cai.

Mas, afinal, o que faz o preço de um título subir ou cair?

A resposta é a mesma que para ações: pessoas comprando títulos fazem seu preço subir, e pessoas vendendo títulos fazem seu preço cair.

Se você conhece um pouco do mercado americano, verá que os rendimentos dos títulos estão muito baixos.

Isso ocorre pois o banco central americano (Federal Reserve) compra uma quantidade enorme de títulos, o que empurra os preços para cima, e os rendimentos para baixo.

Ademais, a taxa de juros também tem uma influência no preço dos títulos.
Se a taxa de juros sobe, os preços dos títulos irão cair, e os rendimentos irão subir (por exemplo, o título do tesouro direto atrelado à Selic).

E nessa hora é muito importante que você entenda o chamado “risco de juros” no caso de títulos do Tesouro Direto prefixados.

Sensibilidade dos juros

Vou explicar. Títulos de longo prazo são muito mais sensíveis às variações nas taxas de juros.

Ou seja, se a taxa de juros sobe, o preço do título de 10 anos cairá mais do que o título de 5 anos. E preço do título de 30 anos cairá ainda mais do que o título de 10 anos.

Em caso de queda na taxa de juros, o preço do título mais longo aumentará mais do que o preço do título mais curto.

Ou seja, o tesouro direto prefixado vale a pena quando você pensa que a taxa de juros irá cair.

Portanto, isso é o que chamamos de marcação a mercado. Lembra que eu falei que iríamos falar disso?

No entanto, vale lembrar que você só será afetado pela marcação a mercado se vender (resgatar) antes do vencimento.

Se você segurar o título até o vencimento, você receberá exatamente o que foi combinado no momento da aplicação.

O único problema é que alguns títulos são muito longos e você não consegue prever o que irá acontecer na sua vida pessoal até lá.

Se você tem um título que vence em 10 anos, ou 15 anos, você não tem como prever que não irá precisar do dinheiro.

Ou seja, quanto maior a duração do título prefixado (time to maturity), maior é o risco de juros.

No entanto, vale lembrar essa questão não se aplica ao título do Tesouro Direto Selic, uma vez que é um título pós fixado.

Liquidez no Tesouro Direto

Os títulos públicos são os investimentos mais líquidos do mercado.

Isso quer dizer que é um investimento no qual você tem grande facilidade de sacar/resgatar o dinheiro investido.

Porém, observamos algo diferente durante o grande crash do Coronavirus.

Se você tinha dinheiro no tesouro direto naquele momento você se lembra da situação.

Muitas pessoas não conseguiram fazer o resgate do dinheiro.

Mas no geral, você pode resgatar os títulos do Tesouro Direto em qualquer momento, e o dinheiro estará disponível na sua conta em D+1 (um dia após a solicitação).

Porém, vale lembrar que para títulos prefixados você tem o risco da marcação a mercado, do qual falamos acima.

Por que investir no tesouro direto?

O tesouro direto é uma forma de financiar a dívida pública federal. Ou seja, você está financiando o governo.

Portanto, esse título do tesouro direto que você compra é um ativo seu, e um passivo (dívida) do governo.

Ou seja, se você comprar um título do governo, você receberá esse dinheiro de volta do governo com um rendimento, quando resgatar.

Lembrando que no Tesouro prefixado a marcação a mercado pode te ajudar ou prejudicar.

Quando você investe no tesouro direto, você está teoricamente investindo no investimento mais seguro de todos. Ou menos arriscado.

Porém, se você tem uma visão global, é importante saber que o tesouro direto brasileiro é considerado “junk bond”, ou seja, um título de grau especulativo.

Isso aconteceu depois que o Brasil perdeu grau de investimento alguns anos atrás em 2016.

No entanto, vale lembrar que um título público do Tesouro sempre é considerado o investimento mais seguro do país.

Tributação no tesouro direto

A tributação no tesouro direto funciona da seguinte maneira: o imposto cobrado é regressivo.

Ou seja, quanto mais tempo você segurar o título, menor será o seu pagamento de imposto de renda.

Como o imposto é descontado automaticamente no resgate, menor será o desconto se você segurar o título por mais tempo.

Atualmente, se você resgatar nos primeiros 180 dias a alíquota para títulos públicos é de 22,5% sobre o lucro obtido.

Porém, se você esperar mais tempo, o imposto cai para 20% de 181 dias até 360 dias.

O imposto pode chegar a 17,5% em investimentos de 361 até 720 dias.

Porém, depois disso o imposto será de 15% sobre o lucro (rendimento).

Ou seja, se você escolher segurar o seu investimento por mais de 720 dias, você terá 15% de imposto, que é o mínimo.

Se você investir no tesouro direto como reserva de emergência e precisar usar o dinheiro antes dos primeiros 30 dias, você terá a cobrança de IOF também.

Ademais, existe uma taxa de custódia do Tesouro Direto que é o valor do serviço da B3.

A B3 (Bolsa brasileira) detém a guarda dos títulos públicos para os investidores brasileiros, e para isso cobram uma taxa de 0,25% ao ano sobre o valor investido. Essa cobrança acontece de forma semestral.

Onde investir no Tesouro Direto?

Você pode encontrar informações do Tesouro direto no OpLab.
Nada melhor do que uma plataforma completa para você montar uma carteira antifrágil.

No Brasil, existem plataformas como o Trademap, Flexscan, etc., porém o OpLab é a melhor ferramenta para você gerir sua carteira.

Ou seja, você pode incluir diversas classes de ativos na sua carteira: ações, opções e fundos imobiliários e também o tesouro Selic.

Você pode ver o seu payoff e cotações em tempo real.

Se você quer uma plataforma para operar opções, comprar ações, ou simplesmente fazer gestão de portfólio, o OpLab é a solução.

No OpLab, além de tudo, você agora tem a seção de rankings que permite que você veja as melhores empresas de acordo com diversos tipos de indicadores e métricas.

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Conclusão:

Hoje você aprendeu o que é o tesouro direto, como funciona, e quais os tipos de títulos.

Agora você sabe como investir no Tesouro Direto através do OpLab para deixar a sua carteira mais robusta.

Lembre-se de que você pode ser afetado pela marcação a mercado, dependendo do título.

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